O Brasil tem uma das maiores inflações do mundo, bastante acima da média das grandes economias globais. Os dados fazem parte de relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ODCE), divulgado nesta terça-feira (5).
No acumulado em 12 meses até maio, a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou a 11,73%. Entre os países que integram o G20, grupo das nações mais ricas, o Brasil fica atrás somente das inflações da Turquia (73,5%), Argentina (60,7%) e Rússia (17,1%).
Na média das nações participantes do G20, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 8,8%. Já no grupo dos países que integram o G7, as inflações médias subiram para 7,5%.
A inflação dos 38 países que são membros da OCDE, medida pelo Índice de Prelos ao Consumidor (IPC) elevou para 9,6% no acumulado em 12 meses até maio. No mês anterior, o indicador tinha sido de 9,2%.
Isso representa a maior elevação de preços desde agosto de 1988. Segundo o documento, em grande parte, o aumento da inflação da OCDE foi puxado pelos valores de alimentos e energia.
Ano a ano, todas as inflações aumentaram, com exceção da Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda.
Brasil tem uma das maiores inflações do mundo: como isso impacta suas finanças
A inflação se refere ao aumento dos preços de serviços e produtos. Como o Brasil tem uma das maiores inflações do mundo, os cidadãos brasileiros passam a ter mais dificuldades em gastos básicos — como nas compras em supermercados.
As pessoas mais afetadas pela inflação alta são as com menor poder aquisitivo. Isso acontece porque seu poder de compra passa a diminuir, caso o salário do cidadão não aumente na mesma proporção.
Diante da menor circulação de dinheiro no mercado, haverá menor consumo — o que também tende a afetar as empresas. Consequentemente, podem surgir mais demissões.
A escalada da inflação também impacta a área de investimentos. O motivo disso é que o rendimento real de alguma aplicação é obtido somente depois do desconto da inflação. Em outras palavras, caso o rendimento tenha sido abaixo da inflação registrada no período, o investidor teve retorno real negativo.