A alta dos combustíveis se tornou a principal pauta de reclamação nos últimos meses. Desde 2021, derivados como a gasolina passaram por reajustes significativos. O combustível atingiu a marca de R$ 7 em algumas regiões.
Em um comunicado recente, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a gasolina poderá ficar até R$ 2 mais barata na venda do litro. O diesel poderá ser vendido a R$ 1 a menos na média atual.
Em entrevista concedida à CBN Recife, Bolsonaro destacou que os preços dos combustíveis continuam em alta em decorrência dos efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia que já percorre por mais de 100 dias. Nesta semana notou-se a queda no preço da gasolina em várias localidades.
Em Belo Horizonte, por exemplo, o litro da gasolina caiu de R$ 7,69 para R$ 7,49 em um posto situado na Avenida Raja Gabaglia. Em outro, localizado em Padre Eustáquio, na região Noroeste da metrópole mineira, a cobrança foi reduzida para R$ 7,14.
No Rio de Janeiro, o preço da gasolina nas bombas caiu após a adesão do Estado à redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. A queda observada foi de menos R$ 0,69 por litro. Assim, o preço do combustível caiu, em média, de R$ 7,74 para R$ 7,69.
Veja a variação média de queda nos Estados entre 24 a 28 de junho:
- Amapá: -7,15%;
- Acre: -6,74%;
- Paraná: -6,5%;
- Santa Catarina: -6,48%;
- Roraima: – 4,42%;
- Pernambuco: -4,11%;
- Distrito Federal: -3,76%;
- Mato Grosso do Sul: -3,41%;
- São Paulo: -3,06%;
- Ceará: – 3%;
- Sergipe: -2,52%;
- Rio Grande do Sul: -2,26%;
- Goiás: -2,2%;
- Rio de Janeiro: -1,91%;
- Rio Grande do Norte: -1,77%;
- Amazonas: -1,57%;
- Alagoas: -1,39%;
- Pará: -1,17%;
- Minas Gerais: -1,15%;
- Rondônia:-1,06%;
- Espírito Santo: -0,93%;
- Bahia: -0,81%;
- Tocantins: -0,70%;
- Piauí: -0,63%;
- Mato Grosso: -0,48%;
- Paraíba: 0,08%;
- Maranhão: 1,54%.
PEC dos Combustíveis influencia redução da gasolina
A PEC dos combustíveis foi apresentada pelo deputado federal Christino Áureo, embora seja originalmente uma aposta feita pelo Palácio do Planalto a curto prazo. A intenção era para que a medida fosse apresentada pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, o que não aconteceu devido a pressão feita pelo Ministério da Economia, transferindo essa responsabilidade para o Congresso Nacional.
Se o texto da PEC dos combustíveis for aprovado sem emendas, os Estados, Municípios e a União estarão autorizados a reduzirem os impostos incidentes sobre os combustíveis até 2023. A justificativa para esta alternativa está relacionada aos efeitos da pandemia e da taxa inflacionária, que resultaram no aumento dos combustíveis.
Neste sentido, a economista Juliana Damasceno, explica que, a medida envolve tributos estaduais, razão pela qual toda e qualquer alteração realizada neste sentido irá impactar amplamente os cofres do Estado, tendo também o poder de reduzir os investimentos.
“O que ninguém olhou é que a medida pode impactar a União, caso os estados recorram a empréstimos ou solicitação de verbas”, destacou.