Petrobras pede mais tempo ao judiciário para explicar o aumento dos combustíveis

No dia 17, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, fez uma solicitação com prazo determinado à Petrobras. Foi pedido que a estatal explicasse quais os seus critérios adotados na política de preços dos combustíveis. Acontece que o prazo para enviar a resposta terminaria amanhã (24).

No entanto, a Petrobras solicitou um prazo maior, de cinco dias contados a partir do dia 24, para responder ao STF. O pedido do Supremo Tribunal veio no mesmo dia em que foi anunciado o aumento de 5,2% no valor da gasolina, e 14,2% no diesel. 

A solicitação por explicações da estatal foi adicionado a outra ação que busca frear o aumento dos combustíveis. Nesta, o ministro solicita que a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) seja unificada em todo país a partir de 1° de julho.

O ICMS é um tributo estadual, por isso, varia a cobrança de acordo com cada região. Ao acatar o pedido de André Mendonça, todos os estados deverão usar o mesmo valor.

Petrobras terá que dar respostas

A Petrobras garantiu que até esta sexta-feira, 24, vai enviar ao STF parte da documentação que foi solicitada. Nesse primeiro momento serão entregues os dados referentes aos anos de 2017 e 2018.

No entanto, ao alegar que existe um “grande volume de dados a ser analisados”, a empresa pediu um tempo maior para responder o ministro Mendonça.

Isso porque, foi pedido que a estatal reúna toda a documentação que referenciou a sua política de preços dos últimos 60 meses. Considerando os relatórios, atas, gravações em áudio ou vídeo de deliberações etc.

Por se tratar de um período longo, a Petrobras afirma que precisa pelo menos de mais cinco dias para reunir todas as informações. Solicitando então que o prazo final seja o dia 1 de julho.

Além disso, também será preciso explicar de maneira formal e documentada:

  • Adoção da política do Preço de Paridade Internacional (PPI) usada desde 2016;
  • Quais as medidas todas para o cumprimento da função social da empresa;
  • O que motivou o reajuste ou diminuição dos valores nos últimos 60 meses.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) também deverá enviar, no prazo dado de cinco dias, quais foram os procedimentos adotados para a fiscalização dos preços dos combustíveis. Principalmente no que se trata da Petrobras.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com