Queda no percentual de famílias em dívida é registrada no mês de maio. Em comparação com abril, o número foi de 77,7% para 77,4%.
Apesar da diminuição registrada, os números ainda são maiores em comparação ao mesmo período do ano passado. O percentual de maio de 2022 e 9,8% maior do que maio de 2021, quando o indicador apontava 68%.
77,4% das famílias brasileiras possuem dívidas
De acordo com informações divulgadas na última terça-feira (7), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,4% das famílias do Brasil possuem dívidas.
O detalhamento dos dados da pesquisa revelam que, em maio, 28,7% das famílias possuíam alguma dívida já atrasada.
A CNC revela ainda na pesquisa que 22,2% dos endividados precisam utilizar mais de 50% da renda para pagar dívidas com bancos, o percentual é o maior registro desde dezembro de 2017.
Segundo a Confederação, os altos números se dão em decorrência da flexibilização das medidas contra a pandemia e a vacinação contra o coronavírus. Tais mudanças acarretaram no retorno do consumo de diversos serviços, com os consumidores realizando viagens, gastando mais com lazer e entretenimento que comumente são pagos com o cartão de crédito.
Mais informações sobre o levantamento
A pesquisa revela ainda que 10,8% das famílias endividadas não possuem condições de pagar suas dívidas. O número é um pouco menor que abril, quando 10,9% fizeram a afirmativa, entretanto, em comparação com maio do ano passado (10,5%), o percentual se mostra maior.
Outro ponto destacado na pesquisa foi o comprometimento médio da renda familiar com as dívidas, em maio, o percentual atingiu 30,4%. Sendo esse o maior registro desde agosto de 2021.
No mês de maio, a inflação acumulada alcançou a maior taxa em 12 meses desde 2003. De acordo com a CNC, a situação é motivo para explicar a dificuldade do brasileiro de quitar dívidas.
“A dificuldade em honrar as dívidas é influenciada, entre outros fatores, pela inflação, ao consumidor, persistente acima dos 12% anuais”, apontou a CNC.
Apesar da persistência das dívidas, o crescimento do número de brasileiros na situação desacelerou. De acordo com a CNC, essa é a primeira vez, desde novembro de 2020 que houve o recuo.