Inadimplência das famílias registra oitava alta consecutiva; confira dicas para não se endividar

Pontos-chave
  • Porcentagem de famílias com contas atrasadas subiu em maio
  • Cartão de crédito segue sendo responsável pela maior parte das dívidas
  • Confira dicas para não se endividar

No mês de maio, a porcentagem de famílias com contas atrasadas chegou a 28,7%. Este foi o oitavo aumento seguido do indicador que está subindo desde outubro do ano passado. As informações são da CNC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) e foram reveladas ontem, 7.

No mês anterior, abril, a inadimplência estava em 28,6%. Já em maio de 2021, o patamar de famílias endividadas estava em 24,3%. O patamar do mês passado é o segundo mais alto já obtido pela pesquisa, que começou em 2010, e perdeu somente para o mês de janeiro daquele ano, quando o patamar ficou em 29,1%.

Já no caso de famílias endividadas, isto é, aquelas que possuem dividas atrasadas ou não, o patamar em maio ficou em 77,4%, caindo um pouco dos 77,7% registrados em abril. Este resultado quebrou uma sequência de três meses de alta, no entanto, o resultado ainda é maior ao detectado em maio do ano passado, 68%.

Em maio deste ano também caiu a quantidade de famílias que não terão como pagar suas contas atrasadas. Em abril, o patamar era de 10,9% e em maio, 10,8%. Em maio de 2021, a taxa era de 10,5%.

O cartão de crédito segue como o tipo de dívida mais comum entre as famílias, respondendo por 88,5% dos casos.

Em maio, de acordo com a CNC, o comprometimento médio da renda familiar com dívidas atingiu 30,4%, o percentual mais alto desde agosto do ano passado (também em 30,4%). Da quantidade total de endividados, 22,2% necessitaram de mais de 50% de sua renda para pagar dívidas com bancos e financeiras, quantidade mais alta desde dezembro de 2017.

Em média, o tempo de atraso para pagamento de dívidas entre aqueles com contas em atraso, chegou a 61,7 dias, resultado menor que os 62,1 dias de abril, mas acima dos 61 dias de maio de 2021.

Dicas para não se endividar 

  • Anote todos os gastos mensais

Para conseguir controlar suas despesas, sempre anote tudo em um caderno ou planilha.

Desta forma você terá uma visão completa de onde o seu dinheiro está sendo gasto. Isto também te ajuda a não se perder em meio a tantos pagamentos que devem ser feitos.

  • Envolva os familiares

Neste momento é importe contar com a colaboração da família no processo de organização de despesas. Cada morador da casa casa pode trazer idéias de como  reduzir as contas ou obter mais dinheiro, através de um trabalho extra ou da venda de artigos que não são mais usados.

  • Evite os gastos desnecessários

Neste momento de ajuste de despesas, verifique de que forma você pode economizar.

Não menospreze pequenas economias como apagar a luz ao sair de um cômodo, tomar banhos mais rápidos, utilizar o chuveiro na posição verão e juntar uma maior quantidade de roupas antes de lavar.

Cada família possui um estilo de vida e suas necessidades que indicarão os gastos que podem ser limados. Porém não se esqueça de que é necessário se esforçar para sair das dívidas.

  • Procure uma renda extra

Caso o corte de gastos não seja suficiente, o caminho pode ser buscar uma renda extra. Pode ser com um trabalho nas horas vagas, bicos nos finais de semana, venda de doces ou salgados, entre outros.

  • Negocie as dívidas

Após organizar suas finanças, procure seus credores para negociar suas dívidas. Tendo dinheiro na mão, a negociação fica mais fácil.

Uma dica primordial é aceitar a proposta se ela realmente estiver dentro das possibilidades do consumidor. Caso contrário, o consumidor pode se atrapalhar novamente e não irá conseguir pagar o novo compromisso.

  • Faça uma autoavaliação

É importante parar e pensar o motivo de ter se endividado. Isso pode te ajudar a não cometer novamente os mesmos erros no futuro. Mantenha as rédeas de suas finanças para evitar o endividamento.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.