Verduras e legumes sofrem novos reajustes; veja quais os itens mais caros

Brasileiros pagam cada vez mais caro na hora de fazer feira. Nessa semana foi liberado o balanço geral com o preço dos alimentos durante o mês de abril. De acordo com o relatório do IBGE, frutas e verduras tiveram um crescimento de mais de 100%. Abaixo, veja quais os itens com o maior reajuste.

A cada dia que se passa ir ao supermercado se torna uma dor de cabeça ainda maior para parte significativa da população. Com o país vivenciando uma das maiores inflações de sua história, o preço dos alimentos, como verduras e frutas, está em constante reajuste.

Durante o mês de abril, o relatório do IBGE comprovou que as verduras e legumes tiveram mudanças acentuadas. Em comparação com os últimos 12 meses, a cenoura, por exemplo, está 178% mais cara. Já o tomate aumentou em 108%. A batata inglesa subiu mais de 60%; o melão, 82%; e o brócolis, 35,7%.

Veja os produtos que mais subiram de preço em abril

(variação mensal, em %)

  • Batata-inglesa — 18.28%
  • Morango —  17.66%
  • Maracujá —  15.99%
  • Couve-flor — 13.25%
  • Açaí (emulsão) — 11.73%
  • Leite longa vida — 10.31%
  • Tomate — 10.18%
  • Passagem aérea — 9.48%
  • Abobrinha — 9.31%
  • Táxi — 9.16%
  • Etanol — 8.44%
  • Óleo de soja — 8.24%
  • Hormonal — 7.96%
  • Flores naturais — 7.76%
  • Farinha de trigo — 7.34%
  • Melão — 7.32%
  • Feijão carioca (rajado) — 7.1%
  • Hipotensor e hipocolesterolêmico — 6.81%
  • Anti-inflamatório e antirreumático — 6.79%
  • Oftalmológico — 6.75%
  • Antialérgico e broncodilatador — 6.66%
  • Gastroprotetor — 6.63%
  • Antidiabético — 6.34%
  • Óleos e gorduras — 6.17%
  • Anti-infeccioso e antibiótico — 6.15%

Veja os produtos com maior alta acumulada em 12 meses

(variação anual até abril, em %)

  • Cenoura — 178.02%
  • Tomate — 103.26%
  • Abobrinha — 102.99%
  • Melão — 82.46%
  • Morango — 70.39%
  • Café moído — 67.53%
  • Transporte por aplicativo — 67.18%
  • Batata-inglesa — 63.4%
  • Repolho — 54.72%
  • Óleo diesel — 53.58%
  • Pimentão — 51.33%
  • Mamão — 45.62%
  • Gás veicular — 45.18%
  • Alface — 45.04%
  • Etanol — 42.11%
  • Couve-flor — 38.93%
  • Pepino — 38.26%
  • Melancia — 37.35%
  • Açúcar refinado — 36.99%
  • Maracujá — 36.75%
  • Brócolis — 35.7%
  • Gás encanado — 35.21%
  • Açúcar cristal — 34.61%
  • Gás de botijão — 32.34%
  • Óleo de soja — 31.53%

Existe uma previsão de baixa?

Até o momento não. De acordo com os economistas, o país deverá encerrar o ano com a inflação acentuada. A população está com o poder de compra e venda mais apertado da última década.

É válido enfatizar que o atual salário mínimo está abaixo da valorização necessária perante a moeda. Mesmo o Brasil estando em terceiro lugar no ranking de pior inflação dos países da América Latina, o piso nacional não sofre reajustes pelo poder público.

O líder da pasta econômica, ministro Paulo Guedes, afirma que o atual cenário financeiro do país é resultado dos anos de pandemia. Já o presidente da república, Jair Bolsonaro, nega que estejamos enfrentando um período de recessão e crise econômica.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.