A bandeira de escassez hídrica incidente sobre a conta de luz foi retirada na última semana, antecipando a previsão de vigência até o início de maio. Agora, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informou que a bandeira tarifária verde que começa a vigorar no dia 16 de abril, deve permanecer até o final do ano, barateando a cobrança pelo consumo de energia elétrica.
Desta forma, a cobrança feita através da conta de luz ocorrerá como de costume nos moldes básicos, logo, não deve haver a incidência de nenhuma tarifa extra. A expectativa foi apresentada pelo diretor-geral da ONS, Luiz Carlos Ciocchi, entidade responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia elétrica perante o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Bandeiras Tarifárias
O sistema de bandeiras foi criado em 2015, com o objetivo de manter o consumidor brasileiro ciente sobre o consumo de energia elétrica, bem como sobre a situação por todo o país. Cada uma das cores: verde, amarela e vermelha, indicam a gravidade e respectiva cobrança extra no valor final sinalizado ao consumidor.
- Bandeira verde: não há cobrança extra;
- Bandeira amarela: sofre acréscimo de R$ 1,874;
- Bandeira vermelha patamar 1: R$ 3,971;
- Bandeira vermelha patamar 2: R$ 9,492;
- Bandeira de emergência hídrica: R$ 14,20.
É este sistema que determina o real custo da energia elétrica. Desta forma, quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é necessário acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Desta forma, ocorrem cobranças extras com o propósito de suprir a diferença e frear o consumo.
Quando a bandeira verde está em vigor na conta de luz, não há nenhum acréscimo na cobrança feita ao final do mês. Em contrapartida, não é o que acontece quando surge a necessidade de acionar as demais bandeiras, pois então as devidas taxas são cobradas conforme disposto acima.
O que diz o diretor da ONS?
O diretor da ONS aproveitou para confirmar que o volume de chuvas registrado no final do ano passado foi capaz de encher os reservatórios das usinas hidrelétricas em um patamar suficiente para que o país siga mais tranquilo quanto à distribuição de energia elétrica nos próximos meses. As regiões Sudeste e Centro-Oeste concluíram o período de chuvas com o melhor nível desde 2012.
Segundo ele, a geração térmica irá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas incapazes de parar, tendo em vista que a capacidade delas gira em torno de quatro mil megawatts. Desta forma, nos momentos mais críticos da crise hídrica de 2021, as térmicas eram responsáveis por mais de 20 mil MW.