Nesta quinta-feira (10), a Petrobras anunciou aumento nos preços dos combustíveis para as distribuidoras. A gasolina aumentará 18,8%. Já o diesel subirá 24,9%. Essa foi a primeira alta após 57 dias sem alterações. Depois esse anúncio, as ações da companhia passaram a subir.
A partir desta sexta-feira (11), o valor médio da gasolina para as distribuidoras subirá de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Já o preço médio do diesel aumentará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
A estatal ainda reajustou o valor do GLP, o gás de cozinha, para as distribuidoras. O preço subiu de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo. Isso representa uma alta de 16%. O GLP não era reajustado há 152 dias.
A companhia informa que estes preços integram a elevação dos níveis internacionais de preços de petróleo — afetados pela oferta limitada frente a demanda global por energia.
Cabe destacar que o repasse para o consumidor final, impactando diretamente os valores das bombas e botijão de gás, ainda não foi estabelecido, e quando acontecerá. Isso porque essa alta depende de cada revendedor.
Desempenho das ações da Petrobras
Após o anúncio de reajuste, as ações da Petrobras subiram, mas perderam força ao longo do pregão. Logo depois do comunicado, os papéis da companhia atingiram as máximas do dia, com elevação de 5,42% para as ações ordinárias (PETR3), e de 6,27% para as ações preferenciais (PETR4).
No fechamento, os ativos PETR3 registraram alta de 2,79%, a R$ 35,65. Já os ativos PETR4 subiram 3,50%, a R$ 33,70. No acumulado anual, as ações ordinárias apresentam elevação de 16,12%. As ações preferenciais, por sua vez, cresceram 18,45% neste ano.
O reajuste da Petrobras encerra grande parte da lacuna que existe em relação à paridade de importação — que terá um leve desconto de 3% a 55, conforme previsões do Morgan Stanley. O banco indicou que esse aumento no preço foi ousado, após ter o maior reajuste em duas décadas.
Analistas do Morgan Stanley destacaram a importância de a estatal respeitar seu estatuto, que determina que a companhia atue conforme as práticas comerciais do mercado.
O banco também atribui a decisão de reajustar os valores ao Conselho de Administração. Em notícias recentes, indicaram que o Conselho apresentava desconformo com a alta da diferença de preços.