Na madrugada desta quinta-feira, 24, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base que libera cassinos, jogo do bicho e bingo. A proposta tramita no Congresso Nacional há 30 anos, e a recente aprovação contrariou as investidas da bancada evangélica, além de ser criticada por vários grupos religiosos.
Alguns parlamentares também não se contentaram com a apreciação do texto-base que libera cassinos, jogo do bicho e bingo a caráter de urgência. É importante explicar que, para que a proposta finalmente estivesse nos parâmetros desejados para ser votada, o relator do projeto, o deputado Felipe Carreras, precisou fazer várias alterações e concessões que amenizaram a resistência quanto ao tema.
Ainda assim, o deputado não conseguiu obter o apoio da oposição e de grupos religiosos, que instigaram a proclamação de um veto presidencial. Aprovado por 246 votos contra 202, agora o projeto deve ser analisado novamente pelos deputados para que possíveis alterações sejam feitas antes do texto-base que libera cassinos, jogo do bicho e bingo seja enviado ao Senado Federal.
Alguns parlamentares alegaram pressa quanto à apreciação do texto-base que libera cassinos, jogo do bicho e bingo, pois tentavam convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a adiar a votação enquanto mencionavam questões regimentais.
No entanto, Lira não se deixou levar por estas tratativas e reforçou que todos estão ali presentes para fazer o que precisa ser feito e quanto deve ser feito, independentemente se o projeto é polêmico ou não.
“As polêmicas nós resolvemos no plenário. Eu sempre deixei claro que esta Casa teria autonomia para que o plenário decidisse sobre os mais diversos temas, sem preconceito de nenhum deles, quando fui eleito presidente desta Casa”, declarou o parlamentar.
O texto-base que libera cassinos, jogo do bicho e bingo recebeu críticas severas durante a longa tramitação na Casa Legislativa. Uma delas foi proferida pelo deputado Sóstenes Cavalcante, presidente da frente parlamentar evangélica que apontou como os cidadãos mais pobres e aposentados serão afetados ao desenvolverem compulsão e vício pelos jogos de azar.
Cavalcante ainda disse que a liberação dos cassinos, jogo do bicho e bingo consolida um desastre para as famílias brasileiras. Ele acredita que a atitude mais adequada para o momento deveria ter sido a análise do que é mais importante e necessário para o povo brasileiro neste momento, que não são os jogos de azar na visão dele.