O governo tem criado incentivos para a construção de usinas termelétricas. Exemplo disso foi a obrigatoriedade de construção de usinas a gás na lei da Eletrobras. Além disso, foi aprovado um incentivo para as usinas a carvão em Santa Catarina. Todos esses incentivos podem aumentar o preço da conta de luz.
A construção e o uso de usinas termelétricas não é ruim para o sistema de elétrico do país. Porém, o grande incentivo por parte do governo para essa fonte de energia pode vim a prejudicar o consumidor no valor da conta de luz.
O uso desse tipo de fonte de energia gera aumento no preço da conta de luz que é paga pelo consumidor. Além disso, o aumento no número de usinas termelétricas impacta diretamente na poluição do meio ambiente e aumenta o risco de acidentes.
O problema é que as fontes renováveis, como solar e eólica, são intermitentes, ou seja, a produção de energia não é controlável, dependendo da ação da natureza. Diante disso, especialistas afirmam que o incentivo para a construção de usinas termelétricas é uma boa solução para o país.
A principal indicação é a construção de usinas a gás natural, como as previstas na lei de privatização da Eletrobras. Esse combustível, apesar de ser fóssil, é considerado menos poluente que outras fontes, como óleo diesel.
O grande problema é que essas usinas previstas na lei da Eletrobras são predominantemente inflexíveis. Com isso, mesmo que haja outras opções mais baratas, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) é obrigado a usar a energia dessas usinas.
Essa imposição acaba gerando um aumento no preço da conta de luz que chegaria ao consumidor. Segundo o presidente do Instituto Acende Brasil, Romário Batista, o gás natural tem um mercado promissor no Brasil, já que é previsto que o combustível fique mais barato.
Mesmo assim, construir várias usinas a gás nesse modelo inflexível resultará em uma energia muito mais cara diante de outras alternativas mais baratas, afirmou Batista. Com isso, o maior prejudicado seria os brasileiros que teriam que arcar com a despesa.
No começo deste ano o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou um projeto que obriga a contratação de usinas térmicas a carvão até 2040. Essas usinas ficam localizadas no estado de Santa Catarina e a medida terá um custo de R$ 840 milhões por ano.