Investimentos para resgatar a qualquer hora: confira quais as melhores opções

Pontos-chave
  • O mercado conta com algumas opções de investimentos com liquidez diária;
  • A melhor opção dependerá das necessidades pessoais do interessado;
  • Certos investimentos possuem incidência de tributos.

Para quem procura investimentos para resgatar a qualquer hora, existem opções no mercado com liquidez diária. Cada opção possui vantagens e desvantagens. Sendo assim, conheça os investimentos disponíveis e decida pelo que mais atenda às necessidades pessoais, conforme análise do 6 Minutos.

Investimentos para resgatar a qualquer hora: confira quais as melhores opções
Investimentos para resgatar a qualquer hora: confira quais as melhores opções (Imagem: Montagem/FDR)

Investimentos para resgatar a qualquer hora

Os investimentos com liquidez diária possibilitam que a pessoa resgate os ativos a qualquer momento. Assim, será possível converter o ativo no mesmo dia em que a solicitação foi realizada. Estas opções podem ser consideradas por quem não gostaria de esperar longos períodos para ter o dinheiro.

Caderneta de poupança

A poupança é a opção de investimento mais conhecida entre os brasileiros. Ela não possui cobrança de taxas e impostos. Apesar disso, a caderneta possui uma data de aniversário.

Ao 6 Minutos, a planejadora financeira da Planejar, Rosi Ferruzzi, declara que a poupança possui liquidez diária — mas não conta com rentabilidade diária. Ou seja, o depósito renderá apenas uma vez a cada 30 dias.

Atualmente, com a taxa Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança rende conforme a regra antiga. O retorno atual é de 6,17% ao ano, acrescido de Taxa Referencial (TR), de modo a oferecer 0,5% ao mês.

Caso seja mais fácil para o investidor, a planejadora não vê problemas em deixar o dinheiro em um “curtíssimo prazo”. No entanto, no longo e médio prazo, ela alerta que a quantia perderá o poder de compra ao longo do tempo.

O rendimento da poupança acontece uma vez a cada 30 dias
O rendimento da poupança acontece uma vez a cada 30 dias (Imagem: Montagem/FDR)

Contas remuneradas

Geralmente, as contas remuneradas são oferecidas por fintechs. A partir do segundo dia, as quantias depositadas podem receber certa rentabilidade. Vale destacar que estas contas são tributadas.

Segundo Rossi, com exceção da poupança e outros ativos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA), as demais aplicações possuem incidência de Imposto de Renda. A alíquota é regressiva, iniciando em 22,5% sobre os ganhos. Além disso, os resgates feitos com menos de 30 dias pagam IOF.

As contas remuneradas pagam menos de 30% da taxa Selic. Por ser uma rentabilidade baixa, a planejadora recenda deixar o dinheiro por no máximo 30 dias. Com isso, haveria algum recebimento — ao contrário da poupança.

CDBs (Certificados de Depósito Bancário)

Os CDBs representam títulos emitidos por bancos para captar recursos e financiar suas atividades. Em troca, a instituição devolverá ao investidor o dinheiro aplicado mais o juro estabelecido.

Os títulos mais comuns são os para 2, 3 e 5 anos. Apesar disso, há opões com prazos para 3 ou 6 meses, além dos que possuem liquidez diária. Nestes últimos casos, a pessoa não é penalizada se movimentar os valores antes da data de vencimento.

Os CDBs com liquidez diária são do tipo pós-fixado, atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Geralmente, a remuneração é de 100% do CDI. Conforme citado, também há incidência de Imposto de Renda e IOF, em resgates abaixo de 30 dias.

Tesouro Direto

Dentro da plataforma do Tesouro Direto, os títulos públicos de renda fixa possuem liquidez diária, mas será preciso fazer a solicitação de resgate antes das 13h. Após isso, a quantia será creditada na conta no dia útil seguinte.

A B3 cobra uma taxa de custódia de 0,25% ao ano. A partir do começo deste ano, houve uma redução para 0,20%. Há uma isenção dessa taxa para depósitos de até R$ 10 mil em Tesouro Selic — acima disso, a taxa incide somente sobre a diferença excedente. Também existe a incidência de IR e IOF.

A especialista informa que, dentre estas aplicações com liquidez diária, a opção mais indicada é o Tesouro Selic.

Ela declara que o Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado sofrem marcação a mercado. Por conta disso, não são recomendados como reserva financeira. Antes de considerar o vencimento, a planejadora ressalta a necessidade de verificar se é uma boa gora para o resgate — sem perder o dinheiro.

O valor das taxas de pagamento altera diariamente. Para saber a rentabilidade no respectivo dia, basta acessar o site do Tesouro Direto.

Fundos de investimento

Uma parcela considerável dos fundos de investimentos possui regra de resgate D+0 — o que representa a liquidez diária. De modo geral, a quantia aplicada é convertida em alguma quantidade de cotas, pelo preço da cota do dia, e o caminho inverso é realizado no ato do resgate.

Por conta disso, existe uma grande quantidade de variáveis a serem observadas — no momento de decidir onde investir o dinheiro. Rosi alerta que não é uma aplicação fácil de entender.

Ela recomenda evitar os chamados fundos simples. Isso porque são muito conversadores, com pouca volatilidade e risco — e proporcionam um rendimento menor do que a poupança, a uma alta taxa de administração, em aproximadamente 2%.

A especialista afirma que é aceitável uma taxa de 2% se for condizente com a complexidade da gestão, e o fundo performar bem, conforme a política de investimentos proposta. Ela destaca a necessidade de verificar a relação risco-retorno.

Rosi informa que a taxa de administração consome uma parte considerável da rentabilidade, assim como o come-cotas — debitado semestralmente, mesmo sem existir resgate.

O pagamento depende de variáveis. Existem quatro classes de fundos, e uma alta variedade de estratégias e espectros de rentabilidade. É possível encontrar fundos com liquidez diária com risco de médio para cima. Neste caso, o potencial de retorno condiz com esse risco.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.