Crise energética: cenário para 2022 ainda é de atenção, diz Governo

População deve permanecer pagando caro pelo consumo de energia elétrica. Apesar das chuvas que melhora o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o Brasil ainda deve ficar atento a crise energética. Para 2022, o Ministério de Minas e Energia informou que manterá algumas políticas de contenção de uso. Acompanhe.

Crise energética: cenário para 2022 ainda é de atenção, diz Governo (Imagem: FDR)
Crise energética: cenário para 2022 ainda é de atenção, diz Governo (Imagem: FDR)

Nos últimos meses, pagar as contas de luz tem sido um grande desafio para parte significativa da população. Diante da crise energética que afeta o país, as tarifas subiram consideravelmente. O governo federal informou que, apesar as recentes chuvas, o cenário para 2022 ainda não é dos melhores.

A despeito da melhoria das condições de atendimento eletroenergético, tanto para 2021 quanto as perspectivas para 2022, permanece a situação de atenção e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) mantém o trabalho de acompanhamento permanente“, informou a equipe do Ministério de Minas e Energia.

Crise elétrica em 2022

O texto com as medidas de contenção da crise em 2022 pontua o seguinte:

“Todas as ações tomadas são respaldadas por estudos prospectivos elaborados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e pelo acompanhamento das demais medidas excepcionais em curso“, e todas são “fundamentais para a garantia da segurança do atendimento ao SIN (Sistema Interligado Nacional), especialmente, para 2022″.

De acordo com a secretária-executiva de Minas e Energia, Marisete Pereira, afirmou mesmo com as chuvas das últimas semanas, a intensidade da hidrologia no país nos próximos meses deve ser considerada instável.

“Nós estamos acompanhando. Vai depender muito de como virão as chuvas a partir de dezembro, o período úmido. [A chuva se] antecipou, mas mesmo assim a gente ainda não tem o nível de segurança para dizer que estamos em um cenário de normalidade”, afirmou ao R7 em uma visita ao Senado Federal.

Motivos que levaram o Brasil para essa situação

O principal motivo pelo qual o país vive uma escassez no consumo de energia elétrica foi a falta de abastecimento de água nas usinas. Durante os últimos meses, sem chuvas o suficiente para preencher os reservatórios, começou-se a temer a paralisação total das distribuidoras.

É válido ressaltar que além disso, o Brasil não aderiu ao horário de verão durante os anos de 2020 e 2021, que normalmente ajudam a baixar o consumo e assim não sobrecarregar as usinas. A decisão foi do governo federal, sem grandes justificativas.

“Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar significativamente a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos. Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, essa eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e de importação de energia custará mais caro”, informou o governo.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.