Brasil corre risco de apagão e racionamento de energia? ONS responde!

A crise energética do país persiste e, diante da gravidade do cenário, muitas pessoas temem um apagão ou racionamento de energia. Mas segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, esse temor é em vão, pois o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas esta estável.

Brasil corre risco de apagão e racionamento de energia? ONS responde!
Brasil corre risco de apagão e racionamento de energia? ONS responde! (Imagem: FDR)

O diretor-geral disse ter feito um balanço da atividade do órgão federal em 2021, já com projeções para 2022. Chiocci destacou que as chuvas voltaram a acontecer em outubro, mês marcado pela tradição, do início do período chuvoso. 

A escassez das chuvas que atingia o país nos últimos meses, era justamente o agravante para a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, resultando no temor pelo apagão e racionamento de energia

No entanto, com a reposição gradativa dos reservatórios de água, que deve se prolongar até abril, a projeção é para que cheguem ao período de seca em 2022, mas com um nível maior de água do que continha na atual época do ano. Foi então que o diretor-geral da ONS destacou algumas razões para a população manter o otimismo com o aumento da capacidade energética.

Ele explicou que, por hora, as questões hidrológicas vetam qualquer possibilidade de apagão ou racionamento de energia em relação às chuvas ou falta delas. Também por esta razão ele considera este tipo de debate como um “exercício de futurologia”. Mas reconheceu a robustez do sistema e a importância de manter a resiliência para outros fatores. 

Chiocci reforçou que, mesmo em período de seca, os reservatórios chegaram ao período seco de 2022 com uma capacidade de abastecimento entre 58% a 62% até o fim do período úmido. 

Mas é importante mencionar a expansão da infraestrutura com a entrada de mais de 10 mil megawatts de energia nova no sistema ao longo do ano, junto a novas linhas de transmissão que poderão auxiliar no fornecimento de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste.

No entanto, o representante do ONS também disse que a expansão da oferta de energia e o aumento do nível dos reservatórios não significam o fim das usinas termelétricas, responsáveis pela geração de energia mais cara de todo o mundo. Isso porque, existe orientações para que os reservatórios se recomponham no decorrer dos próximos três anos.

Mas isso só poderá acontecer perante um fluxo médio constante de chuvas, junto à economia de energia proveniente desta fonte. A partir daí serão acionadas gerações complementares da matriz, como a térmica.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.