Após a retomada econômica o número de pessoas que trabalham por conta própria aumentou bastante. Três estados brasileiros aparecem encabeçando a lista dos que mais tiveram esse tipo de trabalhador.
A crescente onda de pessoas que trabalham por conta própria é vista pelos pesquisadores como um dos reflexos da mudança estrutural da dinâmica de trabalho que acabou sendo mais evidenciada por conta da pandemia.
De acordo com os dados levantadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), no primeiro trimestre de 2020 o Brasil possuía 21,34 milhões de trabalhadores por conta própria, no terceiro trimestre de 2021 esse número saltou para 25,46 milhões.
Aumento do número de pessoas que trabalham por conta própria
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) caracterizou esse tipo de trabalhador como aquele que explora o seu próprio empreendimento, seja sozinho ou com sócio, e não possuem empregados, mas podem contar com o trabalho familiar.
Os estados brasileiros em que essa modalidade de trabalho é mais usual são:
São Paulo com 20,4%, Minas Gerais com 10,1%, Rio de Janeiro com 8,7% e a Bahia com 7,4%.
Por outro lado, além da Bahia que apresentou um crescimento desse tipo de trabalho em 32,3%, em outros esse crescimento também pode ser sentido, em Roraima o número de pessoas que trabalham por conta própria aumentou em 32,3% e em Pernambuco em 30,8%.
“Uma parte disso é a recuperação. Houve um aumento considerável dos por conta própria mesmo comparando com o período pré-covid. Estamos em um momento de crise econômica com alto desemprego, no qual é mais fácil voltar para o mercado de trabalho como conta própria do que como empregado, o que depende de haver vaga”, afirma Mariana Leite, analista da consultoria iDados.
Entre os setores em que essa modalidade de trabalho mais cresceu desde 2019 estão:
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (21,4%),
- Educação, saúde humana e serviços sociais (15,2%)
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (12,4%).
- Construção o aumento desses trabalhadores foi de 3%
- Reparação de veículos automotores e motocicletas, 2,3%.
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