Do topo ao fundo: entenda os motivos para a queda das ações da Magalu (MGLU3)

Recentemente, A Magazine Luiza (MGLU3) tem passado por dificuldades na Bolsa de Valores brasileira, a B3. Desde o início deste ano, a companhia já registra perda de quase 75%. Somente em dezembro, a queda chega a 17%. Entenda os motivos para a queda das ações da Magalu.

Do topo ao fundo: entenda os motivos para a queda das ações da Magalu (MGLU3)
Do topo ao fundo: entenda os motivos para a queda das ações da Magalu (MGLU3) (Imagem: Montagem/FDR)

No começo de 2021, os papéis da Magazine Luíza eram cotados a R$ 25. Contudo, houve uma desvalorização constante ao longo dos meses. No fechamento desta terça-feira (21), as ações da companhia valiam R$ 6,42.

Motivos para a queda das ações da Magalu

Segundo especialistas do mercado financeiro consultados pelo UOL, o desempenho negativo das ações da empresa está relacionado a fatores macroeconômico. Entre os motivos, estão o aumento dos juros, desaquecimento do consumo e a alta da competição no setor varejista brasileiro.

Os especialistas argumentam que este setor depende muito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — para elevar as vendas. Por conta da diminuição da projeção de alta do PIB para 2021 e 2022, as companhias varejistas na B3 são afetadas pela diminuição das estimativas.

Nesta segunda-feira (21), o mercado financeiro reduziu a previsão de crescimento do PIB de 2021, passando de 4,65% para 4,58%. Já para o próximo ano, se manteve a projeção de alta estável em 0,50%.

Atualmente, o país enfrenta uma inflação crescente. A Inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registra alta de 9,26% neste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o patamar chega a 10,74%.

Diante deste cenário, o Banco Central (BC) tem aumentado a taxa básica de juros. Desde março, a taxa Selic aumentou de 2% ao ano para os atuais 9,25% ao ano. Por conta dos juros mais altos, os produtos financiados ficam mais caros — de modo a provocar queda nas vendas do comércio.

Outro motivo citado é a alteração na forma de consumo. Ao UOL, o sócio da gestora GTI, Rodrigo Glatt, afirma que o relaxamento das medidas contra o coronavírus provocou mudança nos itens comprados.

Anteriormente, como as pessoas ficavam em casa no auge da pandemia, havia aquisição de diversos eletrônicos. Agora, existe a preferência por outros itens.

Além disso, outro fator negativo é a elevação da concorrência no setor varejista brasileiro — em meio ao aumento de participação de companhias estrangeiras, como Mercado Livre e Amazon.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.