Banco Central anuncia que não fará novas contratações em 2022. Na última semana, o presidente da instituição financeira, Roberto Campos Neto, se pronunciou sobre os planejamentos para o próximo ano. Diante da atual inflação, ele afirmou que não pretende ter metas para emprego e atividade. Entenda.
O Brasil vem vivenciando uma das maiores crises econômicas da última década, como resultado o Banco Central informou que não irá atuar em contratações ao longo de 2022. De acordo com o presidente da instituição, as metas foram adaptadas para atender as atuais necessidades financeiras do país.
“Temos uma diferenciação entre meta primária e secundária. Mas entendemos que a meta de emprego e de suavização de ciclo estão muito relacionados à inflação em um país como o Brasil. A inflação é um imposto muito cruel para pessoas de renda baixa, desorganiza o setor produtivo e encurta a indústria de funding,” avaliou.
“Nós entendemos que lutar para assegurar que inflação esteja dentro da meta contribui para todos os outros objetivos”, completou, em coletiva sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Correção da inflação em 2022
Ao ser questionado sobre o futuro financeiro do país, diante de um possível cenário de estagflação, Campos Neto afirmou que tais desdobramentos são essenciais para estabilizar o crescimento de longo prazo e a parte fiscal que irá minimizar os indicativos nacionais.
Ele reformou ainda que neste ano o BC reduziu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 2,1% para 1,00%.
“Entendemos que vamos passar por um processo com elevação de juros e crescimento da atividade na margem que não é muito elevado. Mas se processo for feito com credibilidade e transparência, é melhor remédio para maximizar possibilidades de crescimento futuro”, pontuou o gestor.
Transparência de dados
Por fim, o presidente do BC ressaltou ainda que o último ano presou pela transparência da situação financeira do país e que permanecerá assim entre 2022 e 2021.
“Leia-se que a gente segue o padrão normal, em que a essa altura daríamos um peso mais ou menos igual a 2022 e 2023”, afirmou.
“Ou subir demais os juros ou subir de menos e aí enfrentar uma desancoragem muito mais persistente e definitiva. Nesse caso, os exemplos brasileiros mostram que é preciso colocar o País em recessão para recuperar a credibilidade”, avaliou.