Ação aconteceu em setembro, mas só agora foi divulgada. O presidente do INEP afirma que essa é uma prática normal antes da aplicação do Enem. O órgão se prepara para a aplicação do exame em meio a diversos problemas internos.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira está no centro de uma polêmica, com uma série de demissões voluntárias após denúncias de assédio moral e, agora, volta a ser notícia por conta de uma vistoria.
Ao contrário do que se pensou inicialmente, a vistoria, feita pela Polícia Federal, não ocorreu agora, mas sim em setembro. Ou seja, ela não tem nenhuma relação com as demissões e denúncias.
“A visita do perito da PF é procedimento esperado para verificação das condições de segurança e de todo o processo”, disse Dupas durante sua participação na Comissão de Educação.
Vistoria da PF no INEP
Não se sabe ao certo se o agente teve acesso às provas, no entanto, as pessoas responsáveis pelo Afis (Ambiente Físico Integrado Seguro), que definem as questões e fazem a segurança do exame afirmam que não sabiam da visita; a informação foi revelada pela Revista Veja.
Dupas foi convocado para prestar esclarecimentos na Comissão de Educação após as mais de 30 demissões ocorrerem e a justificativa delas ser divulgada.
Quanto a vistoria, o presidente do INEP afirmou que é um procedimento normal e que o agente em momento algum ficou sozinho.
“está sujeito a auditoria constante, como deve ocorrer em ambientes com alto nível de segurança, e [o agente] foi acompanhado por um servidor responsável pelo exame”, afirmou ele.
Durante o seu depoimento na comissão, Dupas foi duramente questionado sobre essa “visita” pelo o deputado federal professor Israel Batista.
“Por que ninguém foi avisado? E, principalmente, por que a autorização de entrada deste agente foi excluída do SEI [Sistema Eletrônico de Informações]? O senhor pode enviar para esta comissão as imagens desta data do sistema de segurança do ambiente seguro?”, questionou o deputado.
Para essas questões, o chefe do Inep manteve o silêncio. Acontece que, funcionário do INEP afirmam que nas edições anteriores essa “vistoria” não aconteceu. É provável que a investigação se estenda para entender a motivação real da ação.
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