Estrutura do Enem deve contar com prova geral e específica a partir de 2024

O “Novo Ensino Médio”, que entra em vigor no próximo ano deve alterar também a forma de aplicação do Enem. Essas mudanças devem dividir a prova em duas etapas a partir de 2024.

Estrutura do Enem deve contar com prova geral e específica a partir de 2024
Estrutura do Enem deve contar com prova geral e específica a partir de 2024 (Imagem: FDR)

O Exame Nacional do ensino Médio está sob os holofotes há alguns dias e não só pelo fato das provas estarem próximas, mas também pelas demissões no INEP, órgão responsável pelo exame. Agora, mais um tópico coloca o ENEM no centro de discussões.

Mudanças no Enem

A partir do próximo ano, o ensino médio estará dividido da seguinte forma: uma parte obrigatória e outra especifica que será escolhida pelo próprio estudante; é exatamente essa alteração que motiva o pedido de mudança na forma como o Enem é aplicado.

A proposta do parecer foi elaborada pela ex-presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro.

E nela o exame seria aplicado em duas etapas, uma geral e comum a todos os participantes.

E a segunda seria especifica, ela estaria dividida entre as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM); cada uma de acordo com o curso pretendido pelo estudante.

Pode parecer bastante novo esse modelo no Brasil, mas, em outros países essa é uma prática bastante tradicional. Inclusive, Maria Helena buscou informações em um estudo de experiências internacionais feito pela consultoria Vozes da Educação com apoio do Itaú Educação e Trabalho. Que analisou a forma como os estudantes são avaliados em diversos países.

Além disso, ela também ouviu secretarias, entidades, universidades antes de elaborar a proposta, que prevê inclusive a possibilidade de questões discursivas.

A proposta ainda deve ser analisada e votada, antes do INEP iniciar a preparação para esse novo modelo, até por isso que a previsão é de que ele seja aplicado apenas a partir de 2024.

“O MEC precisa se preparar, contratar consultores, fazer investimento em dinheiro e técnico para ter um novo banco de itens (perguntas da prova)“, disse a elaboradora da proposta.

Vale lembrar que essa não é a única mudança possível na forma de aplicação do ENEM nos próximos anos.

O MEC já demonstrou interesse na aplicação do Enem Seriado, que segue sem previsão de quando vai sair do papel.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.