PEC dos Precatórios foi aprovada na Câmara e Auxílio Brasil agora depende do Senado

Governo tem PEC dos Precatórios sancionada na Câmara dos Deputados. Nessa terça-feira (09), os parlamentares se reuniram para validar o projeto que prevê mudanças no orçamento da União. Ele tem como principal finalidade otimizar o custeio do Auxílio Brasil a partir do remanejamento das dívidas públicas.

PEC dos Precatórios foi aprovada na Câmara e Auxílio Brasil agora depende do Senado (Imagem: FDR)
PEC dos Precatórios foi aprovada na Câmara e Auxílio Brasil agora depende do Senado (Imagem: FDR)

Após semanas em análise, a PEC dos Precatórios foi finalmente aprovada no segundo turno da Câmara dos Deputados. Diante disso, o texto agora se encaminha para a validação do Senado, precisando ainda da aprovação do presidente Jair Bolsonaro. Se legitimado, abrirá recursos para o Auxílio Brasil.

Detalhes da PEC dos Precatórios

Trata-se de um projeto que objetiva mudar as contas da União. Ele sugere que o governo federal tenha permissão para adiar suas dívidas que poderão ser pagas a longo prazo. Na Câmara, sua aceitação teve 323 votos favoráveis, fazendo com que o texto fosse encaminhado ao senado.

A previsão é de que com a PEC o governo consiga um espaço de R$ 91,6 bilhões em seu orçamento de 2022. Parte dessa quantia será destinada ao custeio do Auxílio Brasil e outra parte para manutenção da máquina pública.

Divisão das despesas da PEC dos Precatórios

  • R$ 44,6 bilhões decorrentes do limite a ser estipulado para o pagamento das dívidas judiciais do governo federal (precatórios);
  • R$ 47 bilhões gerados pela mudança no fator de correção do teto de gastos, incluída na mesma PEC.

Para onde vai o valor da PEC

  • R$ 50 bilhões serão destinados ao Auxílio Brasil para liberar o novo valor médio de R$ 400;
  • ajuste dos benefícios vinculados ao salário mínimo;
  • elevação de outras despesas obrigatórias;
  • despesas de vacinação contra a Covid;
  • vinculações do teto aos demais poderes e subtetos.

O que dizem os especialistas sobre a postergação das dívidas

“Os precatórios são dívidas obrigatórias e, por isso, seu parcelamento apenas prolonga o crédito que está em débito ao credor. Ao passar a mensagem de que não consegue arcar com as dívidas, o país põe em xeque sua credibilidade fiscal no exterior, a confiança dos investidores e a sua própria sustentabilidade financeira”, explicou o advogado do escritório Marcelo Tostes Advogados, João Paulo Linhares Rocha em entrevista ao Isto É.

O assunto vem gerando constantes polêmicas na imprensa, tendo em vista que representa um ato inconstitucional.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.