Aliados de Bolsonaro favorecem aprovação de proposta para beneficiar seu governo. Nessa madrugada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), violou o regimento da casa para validar o Auxílio Centrão. A medida tem como finalidade garantir que o governo consiga adiar algumas de suas dívidas e assim financiar o Auxílio Brasil de forma inconstitucional.
A aprovação do Auxílio Brasil dentro do orçamento da União tem sido o principal assunto debatido em Brasília. O programa é visto como a principal estratégia de reeleição de Bolsonaro, de modo que vem fazendo com que seus aliados políticos movam suas forças para reajustar a contabilidade.
Auxílio Centrão
Considerado o braço direito de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Arthur Lira dedicou a madrugada desta sexta-feira (05) para aprovar um novo programa. Além da aceitação da PEC dos Precatórios, o gestor encaminhou também o texto do auxílio centrão que deverá liberar em torno de R$ 91 bilhões no orçamento da União.
De acordo com os cálculos do Tesouro Nacional, é preciso desembolsar em torno de R$ 50 bilhões para financiar o Auxílio Brasil. Os demais R$ 30 bilhões serão destinados para outras despesas até o momento não explicitadas.
Posicionamento dos parlamentares
Durante a votação, os parlamentares se posicionaram contra a oposição. Alberto Neto, deputado pelo Partido Republicanos do Amazonas e integrante do Centrão, comemorou da seguinte forma:
“Hoje, a Esquerda realmente ficou nua, ficou totalmente contraditória. Como é que a Esquerda pode votar contra o Auxílio Brasil, que está dobrando o valor do Bolsa Família? Como é que o deputado do PT vai chegar em sua base, vai olhar para seu eleitor e dizer: ‘Eu votei contra os 400 reais! Eu votei contra o Auxílio Brasil’? Como é que o deputado da Esquerda vai chegar ao seu município e vai dizer ao seu prefeito que votou contra o parcelamento da sua dívida previdenciária?”.
Diante da aprovação, espera-se que a partir de janeiro Bolsonaro anuncie um novo valor para o Auxílio Brasil. Atualmente o programa começará a ser concedido com uma parcela de R$ 200, no entanto, a previsão é de que haja um aumento para R$ 400 por segurado.