Fim do auxílio emergencial deve deixar milhares de brasileiros nas margens da extrema pobreza. Na próxima semana, o governo encerrará a concessão da sétima e última parcela prevista pelo projeto. Para quem não é beneficiário do Bolsa Família, como MEI, autônomos e desempregados, isso significa um futuro de incertezas em plena crise.
Liberado desde 2020, o auxílio emergencial tem sido a principal fonte de renda de parte significativa da população brasileira. Com a chegada da covid-19, milhares de cidadãos perderam seus empregos e passaram a contar com a renda do projeto para manter a comida na mesa. Porém, diante de seu fim as previsões para 2022 são assustadoras.
Fim do auxílio emergencial deve ampliar cenário de crise
Analistas econômicos e políticos afirmam os primeiros meses de 2022 serão de total estado de crise. O governo federal vem lançando propostas para a população vinculada ao Bolsa Família, mas irá descobrir milhares de pessoas que perderam seus empregos na pandemia e não terão o direito de se vincular ao novo projeto.
Com isso, é de se esperar que MEI’s, demais autônomos e aqueles desempregados passem a integrar os indicativos de pobreza e extrema pobreza.
Além do fim da concessão do benefício e nenhuma proposta para esse grupo, é válido ressaltar que o país vive uma das piores crises econômicas de sua história, agravando ainda mais este cenário.
Sem fonte de renda e com a sobrevivência mais cara, essas pessoas terão que lutar para manter a comida na mesa, cientes de que atualmente uma cesta básica vem sendo vendida por mais que R$ 1 mil.
Auxílio Brasil não engloba toda população vulnerável
Nessa semana, o governo informou que lançará um benefício com o valor de R$ 400, no entanto, apenas 17 milhões de famílias deverão ser contempladas. Porém, a lista de brasileiros nas margens da vulnerabilidade já ultrapassa mais de R$ 40 milhões de pessoas.
Somente nas filas de concessão do Bolsa Família, há mais de 100 mil pessoas aguardando a entrada no projeto. No entanto, o Ministério da Cidadania barrou a inclusão de novos segurados sob a justificativa de estar reorganizando o funcionamento da pasta. Até então, esse grupo segue sem retorno sobre uma possível assistência.