O Rio de Janeiro (RJ) é uma das cidades brasileiras que já deu início à vacinação de reforço desde esta segunda-feira, 13. A cidade organizou o esquema vacinal para atender um grupo por dia, partindo dos adultos com 95 anos ou mais.
Seguindo este padrão, a vacinação dos idosos com 91 anos ou mais deve acontecer na próxima sexta-feira, 17. No entanto, o cronograma vacinal do Rio de Janeiro enfrenta alguns problemas devido ao atraso na entrega de doses da vacina AstraZeneca.
Ao que tudo indica, a situação será normalizada ainda nesta terça-feira, 14, conforme assegurado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O atraso aconteceu devido à falta de matéria-prima, o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que é adquirido na China.
A capital carioca não é o único lugar que sofre com o baixo estoque da AstraZeneca e que, por consequência, teve a vacinação comprometida nos últimos dias. Outras cidades do Rio de Janeiro sofrem com o mesmo problema e, em determinados postos de saúde, registrou-se a falta integral do imunizante.
Em resposta ao G1 a Fiocruz respondeu que houve um crescimento expressivo na demanda global em busca dos insumos para a produção das vacinas, o que resultou no desabastecimento e atraso.
A instituição ainda completou dizendo que atua em conjunto com algumas empresas e fornecedores com o objetivo de manter o cronograma em dia.
Estes impasses levaram a Prefeitura do Rio de Janeiro a precisar readequar o calendário de vacinação contra a Covid-19. Por isso, a administração municipal recomenda que os munícipes que tomaram a primeira dose da AstraZeneca, se dirijam às unidades de saúde para concluir o esquema vacinal com a dose da Pfizer.
Adolescentes
No que compete à vacinação dos adolescentes, este cronograma está previsto para retornar na próxima quinta-feira, 16, com a imunização de meninas de 14 anos de idade.
Na sexta-feira, 17, meninos da mesma idade devem ser vacinados. Lembrando que o público na faixa etária de 12 a 17 anos pode ser imunizado, exclusivamente com a Pfizer, de acordo com as deliberações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A cidade do Rio de Janeiro foi a primeira do Brasil a adotar o método de combinação entre as vacinas contra a Covid-19. Além do mais, a decisão em dar prioridade à vacinação de reforço com a terceira dose foi justificada pelo contínuo agravo relacionado à proliferação do vírus. Agora, com a chegada da variante Delta que tem feito novas vítimas.
Portanto, a estratégia mais adequada para os governos estaduais e as prefeituras é que a terceira dose da vacina contra a Covid-19, seja aplicada em idoso com 70 anos ou mais.
Se for preciso escolher, a vacinação de adolescentes deve dar lugar à aplicação da terceira dose para quem já completou o esquema vacinal, seguindo a ordem decrescente da faixa etária.