- O Ministério da Saúde informou que será aplicada a dose de reforço da vacina contra Covid-19;
- Os imunizantes começarão a ser enviados em setembro aos estados;
- A terceira dose vai começar a ser aplicada em todo os idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
Na última quarta-feira (25), o Ministério da Saúde anunciou que a dose de reforço contra o novo coronavírus vai ser oferecida no Brasil, essa será a 3ª dose da vacina contra COVID-19. Saiba aqui tudo sobre a campanha de vacinação no país.
De acordo com a pasta, a terceira dose vai começar a ser aplicada em todo os idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
Qual a data de início?
As doses devem ser encaminhadas para os estados a partir do dia 15 de setembro para iniciar a vacinação.
Quem é o público-alvo dessa campanha?
O público-alvo inicial da campanha são:
- idosos com mais de 70 anos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses
- pessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos) que tomaram a segunda dose há ao menos 28 dias
Quem deve tomar?
Essa dose de reforço será para quem tomou qualquer vacina usada na campanha de vacinação.
O reforço é indicado para aqueles idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. Já os imunossuprimidos devem esperar 28 dias após a segunda dose.
Com quais imunizantes será realizada a imunização?
O Ministério informou que a imunização deverá ser feita de forma preferencial, com uma dose da Pfizer ou de maneira alternativa com a vacina da Janssen ou da AstraZeneca.
Quem são os imunossuprimidos?
Os cidadãos com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.
Na primeira etapa da vacinação que aconteceu no país, estavam entre o grupo dos imunossuprimidos:
- Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
- Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
- Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
- Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
- Pessoas com neoplasias hematológicas;
- Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.
Imunizantes
Hoje, são aplicadas três vacinas no país a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida nacionalmente pelo Instituto Butantan; a vacina desenvolvida pelo laboratório anglo-sueco AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e produzida no exterior e no Brasil, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e a vacina da Pfizer/BioNTech, importada.
Recomendação
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, aconselha que os pacientes imunossuprimidos devem ser vacinados, quando a doença estiver controlada ou em remissão como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão, preferencialmente.
Porém, a decisão da revacinação nos pacientes devem ser individuais, levando em consideração algumas coisas como faixa etária, a doença de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, e que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista.
O PNO ressalta que eles devem ser vacinados, porém em alguns casos é preciso atenção.
“No entanto, de maneira geral, recomenda-se que esses indivíduos sejam vacinados, salvo situações de contraindicações específicas”, afirma o Ministério da Saúde por meio do PNO.
Não há relação direta entre pessoas com comorbidades, ou seja, pessoas que tinham doenças prévias como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares e imunossuprimidos, mas a mesma pessoa pode apresentar as duas condições.
Porque a 3ª dose?
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) é preciso que seja aplicada a dose de reforço.
Uma pesquisa feita no Reino Unido, apontou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% até cinco meses.
Intervalo de doses
Além disso, o Ministério informou que o intervalo entre as doses dos imunizantes Pfizer e da AstraZeneca será reduzido em setembro, passando de 12 semanas para 8 semanas.
Apesar desse anúncio, ainda não há detalhes de como será feita a antecipação e uma nova orientação sobre as recomendações deve ser enviada em breve aos enviados aos gestores estaduais.