Governo Federal anuncia reestruturação em sua gestão. Nesta quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro informou que estará recriando o Ministério do Trabalho e da Previdência, inicialmente suspenso em sua gestão. A ação já conta com nomes para a liderança e busca atender objetivos específicos.
Se encaminhando para seu último ano de gestão enquanto presidente, Bolsonaro acaba de informar a recriação do Ministério do Trabalho.
A pasta, que já existia em demais governos, foi extinta pelo militar sob a justificativa de integração e desenvolvimento econômico. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus os planos foram mudados.
Porque recriar o Ministério do Trabalho?
Analistas políticos afirmam que a decisão de Bolsonaro em criar um novo ministério tem como finalidade amenizar a tensão em torno do atual ministério da economia, que se tornou objeto central da imprensa no enfrentamento à covid-19.
Com uma equipe separada exclusivamente para debater as questões vinculadas à previdência e emprego, Paulo Guedes, atual ministro da economia, deverá atuar mais intensamente na aprovação de propostas como a reforma tributária.
É válido ressaltar que as mudanças em sua gestão não são recentes. Bolsonaro já tinha confirmado que realizaria uma reforma ministerial, trocando os seguintes ministérios: Casa Civil e Secretaria de Governo, ambas ligadas à Presidência da República, ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores e da Defesa e também da Advocacia-Geral da União (AGU).
Nova gestão
Segundo Bolsonaro, quem assumirá a liderança do ministério do trabalho será o atual ministro da Secretaria Geral, Onyx Lorenzon. Desse modo, Luiz Eduardo Ramos, atual chefe da casa civil, assumirá a secretaria geral.
“Ele mesmo [Paulo Guedes] concordou com tirá-lo dessa parte para passar para esse novo ministério. Dá uma descompressão no Paulo Guedes e deixa o Onyx para tratar dessa questão importantíssima [trabalho]”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que deverá manter o total de 23 ministérios, sob a aprovação do Banco Central. Isso significa que a consolidação da pasta de trabalho e previdência finalizará a reestruturação de sua equipe.
“Não vai pesar em nada as finanças. Não vamos criar cargos, é apenas uma mudança de secretarias do Ministério da Economia para esse novo ministério”, explicou.
Ainda não há como saber se essa recriação será benéfica para a geração de vagas de emprego. Mas, com certeza, fará pressão para que o novo ministério haja com mais teor nas pautas de carreiras, regras trabalhistas e proteção aos trabalhadores.