Conheça os 5 golpes digitais mais comuns na Black Friday e saiba como se proteger

A tão aguardada Black Friday chegou! Embora a data oficial aconteça nesta sexta-feira, 29, ofertas já têm sido feitas ao longo do mês de novembro como forma de aquecimento no varejo. Contudo, com o aumento das compras, cresce também a ação de golpistas, exigindo atenção redobrada dos consumidores durante e após a BF.

Em resposta a esse cenário, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) lançou a campanha “Tem Cara de Golpe”, destacando medidas de segurança para proteger os compradores de golpes na Black Friday. Segundo Silvia Scorsato, presidente da ABBC, o objetivo é capacitar a população para evitar fraudes nesse período de consumo intenso.

Diante da constante evolução das táticas criminosas, é essencial que os consumidores reconheçam sinais de golpe. A prevenção e a cautela são as melhores ferramentas para garantir uma experiência segura nas compras de fim de ano.

Golpes mais comuns da Black Friday e como se proteger

Links falsos

A Black Friday é uma época de grandes ofertas, mas também atrai a atenção de golpistas, que utilizam golpes como o phishing para enganar consumidores desatentos. Essa prática envolve o envio de links falsos por e-mail ou mensagens, prometendo promoções irresistíveis ou solicitando atualizações de senha, direcionando as vítimas para sites fraudulentos que capturam informações pessoais.

Durante a Black Friday, o risco aumenta, e os especialistas reforçam uma necessidade de cautela: nunca clique em links de origem desconhecida, mesmo que pareçam específicos ou enviados por amigos ou grupos no WhatsApp. Golpes frequentemente utilizam erros ortográficos, promoções absurdamente vantajosas e URLs suspeitas para enganar.

A atenção aos detalhes é essencial para evitar armadilhas virtuais. Conferir a promoção das promoções e redobrar a vigilância são passos cruciais para uma experiência de compra segura e sem contratempos.

Sites falsos

A Black Friday é conhecida por oferecer descontos tentadores, mas também é um terreno útil para golpes, especialmente em sites falsos que apresentam preços muito abaixo do mercado. Essas promoções, geralmente relâmpago, criam uma falsa sensação de urgência para induzir compras rápidas, sem tempo para verificar a ocorrência.

Antes de aproveitar qualquer oferta na Black Friday, é fundamental pesquisar o procedimento do site. Verifique se a empresa possui SAC, CNPJ, endereço e histórico de reclamações e pode evitar dores de cabeça. Sites sem essas informações básicas devem ser vistos com desconfiança.

Atenção aos detalhes visuais também é essencial. Erros gramaticais, imagens de baixa qualidade ou domínios suspeitos são sinais de alerta. Recentemente, um consumidor relatou à ABBC que quase foi vítima de um golpe ao tentar adquirir uma moto em um site de leilões fraudulentos, mostrando que cautela nunca é exagerada.

Central de atendimento falsa

Durante a Black Friday, o volume de transações bancárias dispara, o que aumenta a ação de golpistas se passando por atendentes de bancos. Eles ligam relatando movimentações suspeitas, clonagem de cartão ou falhas em operações, tudo para ganhar a confiança do cliente. A abordagem é amigável, mas o objetivo é obter dados pessoais para realizar saques, compras e empréstimos indevidos.

Para evitar cair nesses golpes durante a Black Friday, é crucial manter a atenção redobrada. Nunca compartilhe informações sensíveis por telefone, mesmo que a ligação pareça legítima. Bancos não solicitam senhas ou dados pessoais por chamadas, o que já deve ser um alerta para o cliente.

A dica principal é desconfiar de ligações urgentes que pressionam por informações. Em caso de dúvida, entre em contato diretamente com a instituição financeira por canais oficiais para verificar qualquer irregularidade e garantir sua segurança.

Golpes via WhatsApp

Com a chegada da Black Friday, crescem as tentativas de golpes via WhatsApp, explorando a confiança dos usuários. Uma tática frequente envolve a criação de perfis falsos usando fotos de redes sociais, com o criminoso se passando por um contato conhecido. Em seguida, inventam emergências, como doenças ou acidentes, para solicitar transferências bancárias.

Outra modalidade comum durante a Black Friday é quando o golpista se apresenta como funcionário de um banco ou empresa, oferecendo promoções ou serviços. Ele pede que a vítima confirme um código enviado por SMS, mas, na verdade, é o código de verificação do WhatsApp. Ao obter acesso, clona a conta e envia mensagens para pedir dinheiro aos contatos.

Para se proteger, a ABBC recomenda ativar a verificação em duas etapas, aumentando a segurança do WhatsApp. Além disso, nunca compartilhe códigos recebidos por SMS e mantenha um antivírus atualizado no celular, garantindo uma navegação mais segura e evitando prejuízos.

Boletos 

Durante a Black Friday, cresce o alerta para golpes envolvendo boletos falsos, que continuam lesando muitos brasileiros. Esses documentos costumam ser quase idênticos aos emitidos por bancos, operadoras ou lojas, enganando até os consumidores mais atentos durante o período de compras intensas.

A pressa típica da Black Friday faz com que detalhes importantes sejam ignorados, como divergências no valor ou no código do banco. Assim, o pagamento acaba sendo direcionado para contas de golpistas, e a fraude só é percebida após o prejuízo financeiro.

Para evitar cair nesse golpe, a ABBC recomenda verificar minuciosamente as informações do boleto, incluindo o nome do beneficiário e o banco emissor. Em caso de dúvida, sempre opte por gerar o boleto diretamente no site ou aplicativo oficial do fornecedor.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.