A Black Friday, que teve sua origem nos Estados Unidos da América (EUA) nos anos 1980, foi criada para impulsionar o consumo antes das festas de fim de ano, logo após o Dia de Ação de Graças. Celebrada na última sexta-feira de novembro, a data virou um grande evento comercial.
No Brasil, a Black Friday ganhou uma versão ampliada, conhecida como “Black November”. As promoções e descontos começaram a ser oferecidos durante todo o mês, fazendo do período um dos mais movimentados para o comércio nacional.
Com a adaptação ao calendário brasileiro, a Black Friday tornou-se um marco de vendas, com oportunidades únicas de compras e um grande impacto na economia, especialmente quando se estende até a Cyber Monday.
Para garantir uma experiência de compra segura durante a Black Friday, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, disponibilizou uma cartilha com dicas baseadas no Código de Defesa do Consumidor (CDC). O documento orienta os consumidores a pesquisar e planejar com antecedência, garantindo que as informações sejam claras e verídicas, como exige o artigo 6 do CDC.
Entre as principais recomendações, destaca-se a importância de verificar a reputação das lojas. Isso inclui checar se o CNPJ está ativo e se a empresa oferece canais de atendimento ao cliente. Descontos excessivamente altos devem ser analisados com cautela, pois podem sinalizar fraudes. Comparar preços em sites confiáveis e utilizar ferramentas de histórico de preços são medidas essenciais para evitar armadilhas.
Dicas de segurança da Black Friday
Use o comparador de preços
Ao se deparar com alguma oferta, aparentemente imperdível, é extremamente comum querer fechar a compra em um momento de impulso. Porém, o ideal seria comparar os preços em mais de uma loja para verificar se aquela realmente é uma oferta impertível ou se existe alguma outra promoção mais vantajosa.
É neste momento que as plataformas de comparação de preços entram para facilitar o este trabalho. As mais populares que oferecem este tipo de serviço são: o Zoom, o Buscapé e o Google Shopping.
Compare o histórico de preços
Embora as plataformas de comparação de preços sejam extremamente importantes, existem outros meios para saber se o preço de determinado produto realmente é vantajoso ou se ele está pela “metade do dobro”. Para isso, você, consumidor, pode buscar pelo histórico de preços do item desejado em uma mesma loja.
As próprias plataformas comparadoras de preços oferecem esse recurso em formato de gráficos. Basta ter calma e paciência para analisá-los. Ressaltando que eles apresentam uma variação dos dados referentes aos últimos 30 dias ou mais. Desta maneira, você poderá identificar se realmente houve um desconto no produto, ou se é o mesmo praticado tempos atrás.
Confira os meios e condições de pagamento
Muitas vezes, as lojas oferecem um produto por um preço considerado imperdível, mas na hora que o consumidor vai fechar a compra, se depara com opções limitadas de pagamento. Muitas vezes, até mesmo com a falta de opções. Normalmente, a oferta mais comum é quando o pagamento por cartão de crédito é o único meio disponível.
Outro critério que também pode retirar a vantagem da oferta é quando as condições de parcelamento aplicam altas taxas de juros aplicadas, seja pela bandeira do cartão, plataforma mediadora do pagamento, ou outra entidade financeira. Isso pode fazer com que o preço do item volte a ser o original ou até mesmo mais caro.
Se atente ao frete
Essa é uma dica bastante parecida com as anteriores. É extremamente comum que algumas lojas ofereçam frete grátis ou reduzido, mas por outro lado, esse valor é compensado no valor final do produto. Mas o valor do frete não é o único ponto que deve ser observado, o prazo de entrega também é algo que deve ser cumprido e, muitas vezes, é negligenciado.
O fluxo de vendas durante a Black Friday é extremamente alto, chegando a movimentar milhões na economia do país. A alta demanda, consequentemente influencia em todos as etapas desta data, que vai desde a oferta do produto, a divulgação, a venda, o pagamento, e por fim, a entrega.
E até mesmo na entrega do produto pode haver atrasos. Mas se engana quem pensa que são aceitáveis, isso porque as empresas têm a possibilidade de garantir que o consumidor receba o item comprado dentro do prazo estipulado, mesmo em circunstâncias esporádicas, como uma possível greve dos Correios.
Se ainda assim o atraso na entrega persistir, os direitos do consumidor autorizam a solicitação do cumprimento forçado da entrega, desistir da compra com restituição integral do valor ou aquisição de um produto semelhante.
Verifique a reputação da loja
Antes de comprar um produto de uma loja desconhecida apenas por ela oferecer o valor mais barato do mercado, é extremamente importante procurar saber um pouco sobre o estabelecimento em questão. A prática permite ao consumidor descobrir se a loja é ou não confiável. Mas não se engane ao pensar que somente lojas desconhecidas causam problemas ao consumidor.
Lojas renomadas também podem se apropriar do título já consolidado para agir de má fé perante os consumidores, especialmente em datas com um grande fluxo como essa. Por esta razão é extremamente recomendado procurar saber o que as pessoas pensam sobre determinada loja, seja pelo portal Reclame Aqui ou o Procon.
