INSS bate o martelo e decide quando começa o pente-fino nos benefícios

Depois de ser confirmado pelo ministro da Fazenda, o pente-fino do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já tem data para começar. A expectativa do governo federal é conseguir cortar 680 mil pagamentos que estão sendo feitos de forma indevida. 

O objetivo do pente-fino do INSS é combater fraudes e irregularidades nos benefícios previdenciários, e através disso conseguir economizar.

Foi confirmado que antes mesmo do pente-fino o governo já revisou 57.700 benefícios, deste total 37.325 foram totalmente cancelados e outros 20.375 foram suspensos, ou seja, têm chances de voltarem a ser recebidos caso as irregularidades sejam resolvidas. 

Quem vai passar pelo pente-fino do INSS?

Não são todos os beneficiários do INSS que precisarão passar pelo pente-fino, quem tem acesso a benefícios vitalícios, por exemplo, não corre o risco de perder seu auxílio. 

O foco, inicialmente, são dois benefícios específicos que estão sendo pagos há mais de dois anos:

• Benefício por Incapacidade Temporária (auxílio-doença), pago a quem ficou incapacitado de trabalhar por mais de 15 dias; ou
• BPC (Benefício de Prestação Continuada), concedido a pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos de idade que vivam em situação de pobreza. 

Quando começa o pente-fino no INSS?

Embora tenha sido confirmada a revisão de mais de 57 mil benefícios nos últimos meses, o pente-fino do INSS começa oficialmente em agosto. 

São dois momentos de revisão:

• Primeiro: o instituto fará cruzamento de informações disponíveis para conferir se o cidadão tem ou não direito ao benefício (renda, empregabilidade, contribuição);
• Segundo: quem tiver inconsistência nos dados será chamado para comparecer até uma agência do INSS e provar que tem direito ao benefício recebido. 

“Não é preciso ter pânico, nem temer a suspensão do benefício de repente. Os casos serão analisados com base em cruzamento de dados e as pessoas que serão chamadas terão que comprovar a necessidade do benefício. Provou? O pagamento continua”, disse Alessandro Stenafutto, presidente do INSS.