Com o fim das escolas cívico-militares, grupo de brasileiros vai perder bônus de até R$ 9 mil

Decisão do Ministério da Educação de acabar com as escolas cívico-militares deve afetar bastante um grupo. Secretários de educação de todo o país já foram informados sobre o encerramento; decisão foi tomada com a partir de uma nota técnica. Entenda os desdobramentos.

Com o fim das escolas cívico-militares, grupo de brasileiros vai perder bônus de até R$ 9 mil
Com o fim das escolas cívico-militares, grupo de brasileiros vai perder bônus de até R$ 9 mil (Imagem: FDR)

O Pacim (Programa de Escolas Cívico-Militares) era uma das grandes apostas do governo Bolsonaro. No entanto, o governo Lula decidiu não dar continuidade nesse modelo de educação. Os secretários de educação já foram informados sobre o encerramento.

O país tem cerca de 200 unidades nesse modelo; alguns governadores, como os de São Paulo e do Rio de Janeiro, já informaram que pretendem dar continuidade ao modelo.

Prejuízos do encerramento das escolas cívico-militares

O anúncio pegou os estudantes de surpresa, no entanto, segundo o secretário de Educação, Camilo Santana, nenhum deles será prejudicado.

“Quando o programa foi lançado (em 2019), a adesão foi muito pequena. (São) 202 escolas, comparada com as mais de 138 mil escolas que temos (no país), estamos falando 0,14% das escolas brasileiras da rede (pública de educação)”, afirmou o secretário.

O alto investimento foi uma das razões do encerramento.

 

Entre 2020 e 2022, o governo gastou quase R$ 100 milhões em escolas cívico-militares.

Para se ter noção, nesse modelo de escola, um professor ganha de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil, enquanto um militar aposentado ganha R$ 9 mil, fora seu salário.

Há uma estimativa de que 892 militares sejam afetados pelo encerramento das atividades dessas escolas.

“Todos esses profissionais (militares) continuarão sendo pagos até o fim do ano letivo de 2023 e vamos construir com os governadores, secretários e prefeitos que modelo vamos apoiar, até porque o MEC apoia toda a rede”, acrescentou Camilo Santana.

Além disso, o governo também entende que existe um desvio de finalidade das forças armadas, que não foram criadas para oferecer educação. Isso é responsabilidade de outros orgãos.

As escolas que estão com esse modelo serão ‘reinseridas’ no modelo de educação regular previsto pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

Por fim, o Governo Federal já informou que essa transição será gradual e que os estudantes não serão prejudicados.

YouTube video player
Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.
Sair da versão mobile