Um dos grandes desafios que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, tem tido que lidar é com a fila de espera para receber benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Nessa semana, em um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lupi disse que há necessidade de mais recursos para zerar essa fila. Para isso, um novo grupo de trabalhadores precisará ser taxado.
O ministro Carlos Lupi tem recebido cobranças diretas, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que encontre soluções capazes de diminuir a fila de espera do INSS. Diante disso, no encontro com o Haddad foi visto que a solução para conseguir liberar 900 mil pedidos que estão represados é ter mais verba para fazer os pagamentos. Ou seja, o governo precisa de orçamento para bancar os benefícios aprovados.
“Em abril, estou avisando que até o final do ano nós vamos ter que fazer um novo aporte e descobrir as fontes de recurso para isso”, disse Carlos Lupi. A promessa é de que até o fim desse ano os segurados tenham que esperar no máximo 45 dias para ter uma resposta sobre o seu benefício previdenciário.
O ministro da Previdência Social também disse que não é possível zerar a fila do INSS, porque todos os dias novas demandas chegam. O que ele pretende é abaixar consideravelmente o número de pessoas que estão aguardando. Para isso, como já dito, existe a necessidade de mais recursos financeiros.
Novos grupos devem contribuir ao INSS para bancar gastos
Enquanto participava da reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, Carlos Lupi sugeriu que os trabalhadores por aplicativo passassem a contribuir para o INSS. De acordo com o ministro existem mais de dois milhões de trabalhadores que não contribuem com a Previdência.
A ideia, no entanto, é que essa contribuição não parta dos profissionais, mas das multinacionais as quais eles prestam serviço. “Agora, tem que descobrir uma fórmula porque não pode só o trabalhador do aplicativo, que no meu ponto de vista, já é explorado, pagar o que ele não tem”, ponderou Lupi.
Lupi admite que essa decisão deve passar por outros ministérios, como Trabalho e da Fazenda. E que é preciso considerar qual a disposição e flexibilidade de trabalho desses cidadãos que garantiria a contribuição previdenciária.