Dias contados? Novo estudo recomenada grande mudança para influenciadores financeiros

Foi recomendado por um estudo da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que uma regra voltada para os influenciadores de investimentos seja criada. Existem atualmente cerca de 500 influenciadores que tratam desde assunto. Confira os detalhes e entenda o que está acontecendo.

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Dias contados? Novo estudo recomenada grande mudança para influenciadores financeiros (Imagem: FDR)

Na visão da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA), estes influenciadores precisam deixar claro quando estiverem postando um conteúdo patrocinado sobre valores mobiliários, títulos que são de responsabilidade da CVM.

Influenciadores financeiros no foco da CVM

A finalidade é que o público saiba claramente que o influenciador está divulgando aquela orientação pois está obedecendo a um contrato entre o influenciador e um regulado da CVM. Porem, os influencers não devem ser regulados de forma direta pela CVM. 

Os agentes do mercado que já são fiscalizados pelo regulador é que possuem algum tipo de ingerência sobre os profissionais que são contratados para divulgar os seus produtos. Este é o caso, por exemplo, de companhias abertas, gestoras ou corretoras.

Após isso, a questão deverá ser tema de uma audiência pública para debater a pauta com os participantes do mercado. Uma possível edição de uma nova regra deve ser feita apenas no ano que vem, mas sem previsão.

Na visão de Bruno Luna, que está à frente da ASA, existem regulados que contratam influenciadores digitais para promover produtos ou instituições e em muitos casos  isso é feito de maneira sutil, através de “memes”, de forma descontraída. As pessoas que recebem o conteúdo acabam não percebendo de que isso se trata de uma opinião enviesada e que existem outros interesses por trás.

Objetivo da nova regra

Com a chegada da possível nova regra, é esperado que isso reduza a assimetria informacional, disse Bruno. “Reconhecemos a importância dos influenciadores para o mercado. Há cinco anos havia 600 mil investidores em bolsa e hoje são mais de 5 milhões. Trabalhamos na questão da assimetria das informações”,afirmou ele ao Valor.

Ainda de acordo com ele, este tema é debatido no mundo todo e também também pela Iosco, órgão reconhecido como “CVM das CVMs”. Através de um recente relatório, a Iosco deixou claro que essas relações devem ser transparentes. 

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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