Urgente: Estes bancos suspenderam o empréstimo consignado do INSS e motivo irrita a população

Pontos-chave
  • Empréstimo consignado está ameaçado
  • Bancos paralisam a concessão da modalidade

O empréstimo consignado é uma das principais modalidades de empréstimo no país. No entanto, sua disponibilidade está ameaçada após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), órgão de deliberação voltado à matérias de direito previdenciário, reduzir o teto do consignado em acordos com o INSS de 2,14% para 1,70% ao mês. Isto fez com que alguns bancos decidissem  suspender de maneira temporária este tipo de empréstimo. Entenda.

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Urgente: Estes bancos suspenderam o empréstimo consignado do INSS e motivo irrita a população (Imagem: FDR)

Os bancos tomaram esta decisão alegando que a nova taxa não é suficiente para garantir a viabilidade econômica das operações.

Bancos privados e públicos, como Banco do Brasil e Caixa, estão entre as instituições que desistiram de operar o consignado após essa decisão do CNPS.

Esta decisão foi criticada por Carlos Lupi, ministro da Previdência Social e mentor da proposta. Os banqueiros rebateram a crítica afirmando que os bancos não podem operar uma linha de crédito em que o custo embutido fica mais elevado do que a taxa de retorno da operação. Na visão deles, com esta queda dos juros para 1,70% e diante dos riscos de inadimplência, a operação causa prejuízo.

Esta alegação dos banqueiros também se destina a outras autoridades que integram o governo Lula que são favoráveis a uma queda na taxa Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano, de maneira artificial.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central vai se reunir na semana que vem para decidir o novo patamar da Selic. É esperado que o patamar atual seja mantido, no entanto com uma sinalização de queda no futuro próximo, caso sejam dadas condições no Congresso para a aprovação do novo arcabouço fiscal.

Esta redução nos juros do consignado para aposentados já tinha provocado desconforto dentro do próprio governo, uma vez que Lupi aprovou a medida sem antes procurar a Casa Civil e o Ministério da Fazenda.

O receio agora é que esta modalidade de empréstimo não seja mais oferecida e acabe prejudicando ainda mais os aposentados. O Banco do Brasil e a Caixa respondem por 11% do total destes empréstimos. Já os bancos privados, como um todo, ficam com 89% do total.

O segmento é liderado pelo Itaú, que possui uma participação de mercado de cerca de  27%, seguido pelo Bradesco (17%), Pan (11%), Santander (7%), Caixa (7%), Banco do Brasil (4%), C6 (4%) e Safra (3%).

Por conta desta pausa no consignado, o governo vem estudando a possibilidade de dar um passo pra trás no corte de juros. Porém, neste caso, esta decisão pode causar uma mancha na imagem do governo Lula, pois ficará parecendo que desistiu de uma medida que ajudaria os aposentados em decorrência da pressão vinda dos banqueiros.

O que é o empréstimo consignado?

O empréstimo consignado é uma modalidade de empréstimo em que as parcelas são descontadas todos os meses diretamente do benefício previdenciário. Além dos aposentados e pensionistas do INSS, os trabalhadores com carteira assinada e os servidores públicos também podem pedir o crédito. Nestes casos, o valor das parcelas é desconto da folha de pagamento.

Devido ao baixo risco de inadimplência, os juros cobrados na modalidade são reduzidos. Os aposentados e pensionistas são os que mais buscam este tipo de empréstimo. O valor máximo emprestado depende de quanto eles recebem por mês para que a renda não seja comprometida.

Uma das vantagens da modalidade é que como as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício, os juros são reduzidos e a facilidade de se conseguir o dinheiro é maior.

Mas, mesmo com essa maior facilidade de contratação, é preciso ter cuidado. Sempre se atente se a empresa que está oferecendo o crédito é idônea e também se o empréstimo não irá prejudicar sua renda mais do que o ideal.

Outro ponto de atenção é que este tipo de empréstimo não permite adiamentos ou suspensões. A renegociação também pode ser mais complicada.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.