Ações deste banco despencam 24% e deixa muita gente preocupada

Na manhã desta quarta, 15, as ações de um banco despencaram e assustaram quem não esperava por este movimento. Esta queda levou junto outros bancos diante do receio sobre a saude do setor financeiro. Saiba os detalhes.

Estamos falando do Credit Suisse, que viu sua ação bater o valor mínimo na manhã de ontem, depois que seu acionista principal, o Saudi National Bank, descartou a injeção de mais liquidez na instituição. 

Esta informação também prejudicou diversos outros bancos europeus diante das preocupações com a saúde do setor bancário. O receio foi provocado por conta do fechamento dos bancos americanos Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank nos últimos dias.

O Credit Suisse despencava 28,75% por volta das 10h (horário de Brasília) desta quarta, com sua ação sendo cotada a 1,60 francos suíços, atingido o seu valor mais baixo. Já no Reino Unido, o Barclays e Standard Chartered caíram respectivamente 8,13% e 7,81%, ao passo que os franceses Société Générale (-12,03%) e BNP Paribas (-11,21%) acumulavam suas quedas mais fortes no índice parisiense CAC 40.

No índice alemão DAX, que é referência da Bolsa de Frankfurt, o Commerzbank passava por intensa queda de 9,65% e o Deutsche Bank, de 8,55%, também liderava as perdas do índice.

Paralelo a isso,  o londrino FTSE 100 recuava 2,97%, a 7.410,13 pontos, o DAX caia 2,95%, a 14.783,00 pontos, e o CAC 40 cedia 3,63%, a 6.882,31 pontos.

“O novo movimento de vendas de ações bancárias se instalou à medida que os temores sobre a robustez do setor vêm à tona, com a sombra do colapso do SVB ainda pairando” sobre os mercados, disse ao Valor Econômico a chefe de mercados monetários da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter.

Esta possível fragilidade dos sistemas financeiros dos Estados Unidos e da Europa acontecem próximos de decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE), que tem reunião hoje, 16, e do Federal Reserve (Fed), que revelará sua decisão na próxima semana.

“Apesar da incerteza em torno dos riscos para a estabilidade financeira, esperamos que tanto o BCE quanto o Fed continuem elevando as taxas de juros” no decorrer da primavera do hemisfério norte, estimaram através de um relatório os economistas do Danske Bank, segundo o Valor Econômico.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.