Novo Bolsa Família passa por adaptações para contemplar mais um grupo de trabalhadores

No dia 2 de março foi oficialmente relançado no país o novo Bolsa Família. O programa marca o terceiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e já foi anunciado com algumas novidades. A mais recente ainda está em processo de construção, e vai marcar uma parceira entre o Ministério do Trabalho e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O objetivo é beneficiar um novo grupo.

Novo Bolsa Família passa por adaptações para contemplar mais um grupo de trabalhadores
Novo Bolsa Família passa por adaptações para contemplar mais um grupo de trabalhadores (Imagem: FDR)

De acordo com fontes ligadas ao governo federal, nessa semana membros do Ministério do Trabalho deverão se reunir com membros do setor cafeeiro do país. O objetivo é inserir no texto do novo Bolsa Família vagas de emprego para os beneficiários dentro desse setor. Enquanto no programa social essas famílias ganham o mínimo de R$ 600, empregados eles teriam uma renda maior.

No entanto, esse público teria que ser excluído do Bolsa Família, já que aumentariam o seu limite de renda para mais de R$ 218 por pessoa. Como um respaldo, uma espécie de garantia para essas pessoas, os seus cadastros seriam mantidos dentro do programa social.

Caso a geração de empregos no setor cafeeiro dê certo, o novo Bolsa Família deve expandir as parcerias no setor agrícola. A ideia é que os membros de famílias que são contempladas pelo programa possam ter acesso a uma renda maior, enquanto a defasagem de funcionários desses setores seja atendida.

Como vai funcionar a proposta de emprego no novo Bolsa Família

A sugestão de criação de vagas de emprego no novo Bolsa Família foi discutida entre o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Os ministros elaboraram um dispositivo na medida provisória (MP) que criou o Bolsa Família para permitir a implementação da proposta.

Hoje, quem recebe o Bolsa não está impedido de trabalhar, mas se o emprego formal liberar um salário que ultrapasse o limite de renda per capita a família acaba perdendo o acesso ao benefício. Foi inclusive uma das queixas dos membros do setor cafeeiro, de que muitos recusam o emprego para não perder a ajuda financeira.

A ideia é suprir a falta de mão de obra do setor agrícola, e garantir por meio do novo Bolsa Família que em caso de desemprego esse grupo pode voltar a ser contemplado. O valor do salário é superior ao do auxílio e atende mais as necessidades dos grupos contemplados.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]