Ações da CVC estão ‘agitadas’ por conta deste motivo

Na última sexta, 10, a CVC comunicou que entrou em acordo com os debenturistas representado cerca de 75% das debêntures em circulação da 4ª emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da 5ª emissão sobre os termos e condições centrais de reperfilamento das debêntures. No entanto, apesar do respiro na dívida, os investidores não relevaram.

O papel da empresa de viagens passou por uma sessão complicada na última sexta e fechou o pregão com uma perda de 17,75%, sendo negociado a R$3,43.

De acordo com o fato relevante que foi remetido pela CVC para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a implementação do reperfilamento é sujeita à concordância desses debenturistas sobre os documentos definitivos do acordo, assim como de sua aceitação nas respectivas assembleias gerais de debenturistas.

“Nesse contexto, a companhia convocará oportunamente a assembleia geral de debenturistas das debêntures da 4ª Emissão, dispensando-se a convocação da assembleia geral de debenturistas das debêntures da 5ª Emissão, tendo em vista que o único debenturista também concordou com os principais termos e condições do reperfilamento”, falava o comunicado, segundo o Valor Investe.

A empresa disse também que vê esse reperfilamento como um relevante passo para equalizar  sua estrutura de capital e reorganização do passivo financeiro. “Uma vez concluído este processo, o endividamento bruto da companhia será reduzido em função das amortizações que serão realizadas como parte deste reperfilamento. Importante destacar o apoio e compromisso dos nossos acionistas e debenturistas neste processo”, disse a empresa, de acordo com o Valor Investe.

Tendo uma dívida de R$ 1,034 bilhão no fim do terceiro trimestre, a CVC contratou no início deste ano, o banco BR Partners para efetuar a reestruturação de sua dívida. Diante de juros em dois dígitos, atividade econômica sem muita força e elevada necessidade de capital que o setor de turismo exige, era comentado no mercado a necessidade de a empresa de viagens reestruturar seus passivos. A CVC ficou entre as empresas que mais sofreu com os reflexos da pandemia.

Em meados do último ano, ela conseguiu captar R$ 403 milhões com uma oferta subsequente de ações.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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