Antes mesmo de assumir a presidência do país, Luís Inácio Lula da Silva (PT) já havia informado que tinha interesse de lançar um programa de renegociação de dívidas. Esse projeto foi chamado de Desenrola Brasil, e segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão liberados R$ 10 bilhões, que serão usados para garantir a renegociação de R$ 50 bilhões em dívidas.
O endividamento das famílias bateu recorde em 2022, com parcela de 77,9% de famílias se declarando endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Esse foi um gatinho para que o governo atual persistisse na criação do programa Desenrola Brasil. A ideia é que os brasileiros possam se livrar dos débitos que estão em aberto.
Ainda mais considerando que o número de endividados sobe a cada vez mais. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou no início desse mês de março que a taxa de famílias endividadas cresceu 0,3 ponto percentual entre janeiro e fevereiro, chegando a 78,3%.
De acordo com informações vinda do PT (Partido dos Trabalhadores), “O Desenrola Brasil vai ajudar essas famílias permitindo que elas renegociem suas dívidas, deixando-as de um tamanho que não prejudique o orçamento“. A ideia é de que quanto menor a renda do endividado, maior seja o desconto oferecido para o valor total da sua dívida.
Quando o programa Desenrola Brasil será lançado?
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo espera a criação e atualização de um software que vai permitir a negociação por meio do Desenrola Brasil. Como esse programa de acordos das dívidas é inédito, a ideia é que o sistema permita a liberação dos descontos conforme as novas regras.
Inicialmente, 1,5 milhões de pessoas serão alcançadas com a negociação de dívidas em instituições bancárias. A próxima fase do Desenrola deve atingir outros tipos de débitos em aberto, como aqueles em empresas do varejo e do setor público. O que alcançaria outras 5 milhões de pessoas.
Embora todas as pessoas que estejam com CPF negativado possam participar do programa de negociação, a ideia é que o Tesouro Nacional vai dar garantia para as dívidas de cidadãos com até dois salários-mínimos com descontos maiores.