O salário mínimo atual do país é de R$ 1.302, a quantia foi definida após uma Medida Provisória assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dezembro do último ano. O valor ficou 7,43% maior que o valor de 2022. A quantia porém deve ser novamente reajustada, após interesse do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). O novo salário mínimo será anunciado em 1º de maio de 2023.
O presidente Lula já defendia que o novo salário mínimo de 2023 fosse maior que R$ 1.302. Essa quantia havia sido proposta pela equipe de Bolsonaro ainda em agosto do último, e com a oscilação dos índices inflacionários ficou acima da inflação pela primeira vez no último governo. No entanto, em dezembro a equipe de transição propôs que o salário mínimo do país fosse de R$ 1.320.
Essa quantia chegou a ser votada no Congresso Nacional, e os parlamentares aprovaram o aumento. Para isso, foi reservado pouco mais de R$ 6 bilhões, além do que já havia sido previsto, para conseguir pagar o piso salarial dentro desse valor já no início do ano. Mas a quantia tornou-se insuficiente, e o governo Lula aderiu a proposta de Bolsonaro mantendo o salário em R$ 1.302.
A fim de trazer mudanças, a equipe econômica do país informou que o novo salário mínimo será anunciado em 1º de maio desse ano. A data em que se comemora o Dia do Trabalho vai marcar o lançamento do novo piso salarial, e as mudanças na faixa de isenção do Imposto de Renda.
Trabalhadores estão descontentes com o novo salário mínimo
Apesar do governo federal aumentar a quantia do piso salarial e anunciar um novo salário mínimo ainda para 2023, os trabalhadores parecem não estar contentes com a quantia. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou uma nota afirmando que esse valor “não é o esperado nem suficiente“.
Eles informam que caso a política de valorização do piso federal não tivesse sido interrompida, durante os governos de Michel Temmer e Jair Bolsonaro, em que o piso não ficava acima da inflação, o novo salário mínimo deveria ser outro. A CUT defende o valor de R$ 1.382,71.
O presidente Lula assumiu o compromisso de retomar o cálculo de reajuste do salário que considera além da inflação do último ano, o resultado do PIB (Produto Interno Bruto). Mas essa política só deve ser adotada a partir de 2024.