O salário mínimo do país, aquele que vale desde 1º de janeiro de 2023, é de R$ 1.302. A quantia foi decretado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda em dezembro do último ano. No entanto, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) já confirmou que haverá outra mudança e um novo valor do salário mínimo será anunciado em 1º de maio desse ano.
Nessas últimas semanas a equipe econômica de Lula tem anunciado mudanças e um novo valor do salário mínimo. Na quinta-feira (16) o presidente confirmou os burburinhos e garantiu que a partir de maio desse ano o piso federal passa de R$ 1.302 para R$ 1.320. São R$ 18 a mais do que o valor atual e que vai interferir em benefícios trabalhistas e previdenciários.
Essa já era a quantia defendida por Lula no último ano, tanto que a sua equipe de transição chegou a propor esse valor no Congresso Nacional. Foi aprovado o reajuste em dezembro de 2022, com verba extra de R$ 6 bilhões para bancar o salário mínimo. Acontece que a quantia se tornou insuficiente e o governo preferiu manter o que já havia sido proposto por Bolsonaro.
Ainda que tenha conseguido um novo valor do salário mínimo para funcionar a partir de maio, o presidente Lula tem sido criticado. A quantia de R$ 1.320 vai custar mais R$ 7,7 bilhões para os cofres do governo, por isso, qualquer valor superior a esse teria que ser bem planejado.
CUT sugere um novo valor do salário mínimo
Depois do anuncio confirmando que um novo valor do salário mínimo começa a valer a partir de maio, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) se posicionou. Eles defendem um aumento de R$ 62,71 ao que foi anunciado pelo presidente. Isso é, solicitam que a quantia do novo piso federal seja de R$ 1.382,71.
Além de dizer que não foi consultada pelo presidente a respeito do novo valor do salário, a CUT ainda informa que a não irá se “contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”. Acontece que qualquer mudança no salário mínimo tem impacto direto nos cofres do governo.
Tudo porque, essa é a referência para os pagamentos feito pelo próprio poder público. Como aposentadorias, pensões e benefícios trabalhistas. Diante disso, embora a CUT solicite um valor maior e reajustado, dificilmente o governo federal vai aceitar essa quantia.