Nubank pode ser um dos grandes favorecidos nas polêmicas entre Lula e o Banco Centro. Saiba o motivo

Os conflitos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central podem acabar favorecendo especialmente o Nubank, segundo uma análise do Credit Suisse. Na visão dos analistas do CS, o Nubank pode se destacar diante de um cenário incerto no setor bancário nacional que piorou após as críticas do atual presidente à autonomia do BC.

Os analistas destacam ainda, fora o conflito entre o governo e o BC, o grave impacto que o caso Americanas teve nos grandes bancos e as propostas de reforma tributária que reduzem a distribuição de dividendos e de JPC (juros sobre capital próprio) pelos grandes nomes do setor.

“Acreditamos que o Nubank pode ser um caso distante do ruído recente do setor, dada a sua exposição apenas ao segmento de varejo. A recompensa de risco do setor bancário brasileiro se deteriorou, seguindo nossa visão do fim da ‘fase de lua de mel’ no segmento corporativo, incerteza ainda mais elevada após a recente minimização do governo sobre a importância de um banco central independente, sem falar na potencial queda de rendimentos com o fim dos juros sobre o capital próprio”, disseram os analistas através de relatório remetido a clientes, segundo à Veja.

“Assim, acreditamos que o Nu pode ser uma opção interessante e não correlacionada em nossa cobertura e reiteramos nossa classificação”, complementaram. Os papéis da fintech acumulam uma valorização anual de 40% na bolsa de Nova York.

Fora o cenário macroeconômico, os analistas do Credit Suisse também destacam a trajetória de êxito do Nubank no Brasil. A impressionante marca de 70 milhões de clientes que a fintech conquistou no país chama a atenção do CS que também está otimista com a expansão da base de clientes em outros países da América Latina.

“Isso é explicado, em nossa opinião, por um alto nível de envolvimento do cliente, experiência de usuário de alto nível e execução de última geração, que tem permitido à Nu ganhar território. Além disso, a empresa tem sido muito ativa em outras operações da América Latina, como México e Colômbia, destacando que as lições aprendidas com o Brasil abrem caminhos para histórias de crescimento mais atraentes na região”, disseram os analistas do CS, segundo à Veja.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.