Considerada revolucionária em sua proposta de exibir filmes e séries em streaming sob demanda, a Netflix não vêm deixando seus usuários muito felizes devido a um novo método de cobrança pelos seus serviços que está prestes a ser instituído.
Considerada revolucionária nos últimos anos por diversos motivos, a Netflix quebrou os padrões de consumo de cultura através de um modelo mais democrático de acesso, no qual, a empresa oferecia um amplo catálogo de filmes e séries por uma assinatura mensal de preço considerado acessível, batendo de frente com o império das companhias de TV por assinatura.
Assim, a empresa americana colocou em risco esse legado inovador ao estabelecer, em alguns países, uma nova e polêmica política de não compartilhamento de senhas.
Em locais como o Chile, Costa Rica e Peru, onde a assinatura da Netflix tem preços proporcionalmente menores ao que é cobrado nos Estados Unidos e na Europa, cada assinante terá de associar sua conta principal a uma rede de Wi-Fi fixa que funcionará como um dispositivo de check-in.
Portanto, o usuário só continuará tendo acesso à conta da Netflix se fizer isso se fizer o login na rede do assinante original pelo menos uma vez por mês. No caso de viagens, entretanto, um código temporário poderá ser fornecido para uso em trânsito, que dará acesso por sete dias consecutivos à conta sem ser bloqueada.
Contudo, um dos principais mercados consumidores dos serviços na Netflix, o Brasil ainda não tem uma previsão exata de quando este tipo de restrição chegará. Em tese, os brasileiros deverão ter contato com esta nova política da empresa ainda este ano.
Consumidores da Netflix se irritam com nova política
Esta prática não agradou os assinantes da Netflix, que foram, prontamente, se queixar através das redes sociais. Os relatos são variados, desde amigos que dividem assinaturas de diferentes plataformas de streaming, passando por famílias que se revezam em mais de uma casa, até os nômades digitais – prática de trabalho sem local fixo que se tornou possível graças à popularização do home office.
Dessa forma, a ameaça geral é que boa parte desses consumidores irão cancelar as suas assinaturas da Netflix. Contudo, o plano da empresa é diametralmente o oposto. Logo, ao restringir o compartilhamento de senhas, a companhia espera angariar novos pagantes que atualmente utilizam uma conta alheia.
Após os anos que representaram um crescimento desenfreado na última década, a empresa amargou a perda de assinantes enquanto enfrenta o aperto financeiro que vem afetando diversas gigantes da tecnologia e também de produção de conteúdo.
Além disso, a Netflix vem convivendo com o aumento da bolha do streaming, que representa o aumento na concorrência em torno da empresa que é pioneira da área. Por isso, usuários afirmam que a Netflix passou a recorrer às táticas antigas do velho modelo econômico da TV por assinatura popular.