Vai ter demissão em massa? Descubra quantos funcionários a Americanas já demitiu

Na última terça, 31, a Americanas demitiu por volta de 60 funcionários terceirizados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. As demissões foram confirmadas  por Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Será que é o início de uma demissão em massa? Descubra.

Estes desligamentos aconteceram em decorrência do fim do contrato entre a Americanas e as empresas terceirizadas, algo que já era previsto para o dia 31 de janeiro. 

“Esses funcionários (indiretos) não são da base do sindicato, mas a demissão desse grupo sinaliza que vamos ter problemas mais para frente. Já vimos esse filme de terror com o Mapping, Mesbla, Lojas Glória e outros casos e não queremos que se repita. Por isso, queremos uma posição contundente da Justiça e do Governo para garantir os direitos dos trabalhadores”, disse  Ricardo ao InfoMoney.

A varejista disse através de uma nota remetida ao InfoMoney que “interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados” e ressalta que “não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários [diretos]”.

A Americanas, que está entre as maiores empregadoras do Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial em decorrência de uma dívida de R$43 bilhões. No total, a varejista empresa 45 mil pessoas diretamente para suas mais de 1.800 lojas físicas, além de centenas de milhares de trabalhadores indiretos.

“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de Recuperação Judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, explicou a Americanas através de nota remetida ao InfoMoney.

As  centrais sindicais dos comerciários realizaram, no último dia 30 de janeiro, um encontro com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em São Paulo, para debater o processo de recuperação judicial da Americanas. 

Nesta reunião,  foi reforçada a necessidade de garantia dos empregos dos milhares de trabalhadores diretos e de centenas de milhares de trabalhadores de toda a rede de fornecedores.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.