O banco digital Nubank, um dos mais populares do país, tomou uma atitude que desapontou muita gente. A fintech acabou com a área de assessoria de investimentos e demitiu 40 funcionários, de acordo com o Valor.
No final do ano passado, o NUbank já tinha demitido alguns funcionários, mas naquele momento Cristina Junqueira, CEO de operações no Brasil, afirmou através de seu perfil no Instagram que estas demissões se tratavam de “ajustes pequenos e pontuais”.
Ao ser procurado pelo Valor, a fintech afirmou que periodicamente faz ajustes segundo suas necessidades e dos clientes. “Depois de uma cuidadosa avaliação, a empresa decidiu encerrar o serviço de assessoria de investimentos, que estava disponível para uma pequena parcela de clientes. Na prática, os clientes seguem com seus recursos devidamente aplicados nos investimentos escolhidos, tendo acesso aos apps Nubank e NuInvest, assim como nossas plataformas de conteúdo, onde podem obter extenso material sobre investimentos e educação financeira”, disse o Nubank ao Valor.
O banco digital afirmou ainda que ampliou seu quadro de funcionários de 6 para 8 mil no último ano e que segue contratando “no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023”.
David Vélez, o fundador do Nubank participou na última terça, 31, da Latin America Investment Conference (Laic), promovida pelo Credit Suisse, em São Paulo, porém não conversou com a imprensa porque a empresa está em período de silêncio antes da divulgação do seu balanço.
O banco digital foi criticado recentemente pelas perdas detectadas em seu fundo Nu Reserva Imediata, que é divulgado como um fundo seguro, para reserva de emergência, mas que possuía em sua carteira títulos da Americanas e sofreu com a marcação a mercado desses papéis.
O Nu Reserva Imediata, que possui aporte mínimo de R$ 1, foi lançado há pouco mais de um ano. Ao longo deste período, a rentabilidade do fundo foi de 108% do CDI, conseguindo ultrapassar inclusive os ganhos no Tesouro Selic (título público no Tesouro Direto com liquidez diária).
A rentabilidade do fundo conseguiu ser superior a do Tesouro Selic no ano passado, uma vez que 18,61% do patrimônio dos investidores ficou exposto à debêntures emitidas por diversas empresas, entre elas, a própria Americanas.
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