Como funciona o cartão corporativo do Presidente? Tem limite de gastos?

Nesta semana, começaram a ser reveladas as informações que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia colocado em seu sigilo de 100 anos. Vem chamando a atenção agora os gastos efetuados por ele no cartão corporativo, que passam dos R$27 milhões. Mas você sabe o que é o cartão corporativo? Descubra aqui.

Cartão corporativo

Este cartão é um recurso que o ocupante da presidência do Brasil pode utilizar para custear gastos com viagens, alimentação, gasolina da frota, entre outras coisas. Este benefício é um cartão com um limite altíssimo, que é pago com os impostos de todos os brasileiros. 

Por conta disso, este benefício vem gerando críticas por conta da falta de transparência, uma vez que Bolsonaro impôs o sigilo de 100 anos, que foi derrubado no começo do governo Lula.

Bolsonaro gastou um total de R$27,6 milhões, entre gastos com sorvetes (R$ 8,6 mil), hospedagens (R$ 10,5 milhões, incluindo alimentação) e lanches da rede McDonald’s (cerca de R$ 800).

O pagamento mais alto realizado no cartão de uma vez só foi para o Hotel Praia do Tombo, localizado no Guarujá (SP) no dia 25 de fevereiro de 2020, durante o Carnaval, no valor de R$140 mil.

Ainda não é possível dizer se os gastos com cartão no governo Bolsonaro foram mais ou menos elevados dos que os realizados nos governos passados. Os dados divulgados agora mostraram um gasto de R$27,6 milhões em gastos ao longo dos quatro anos.

No entanto, o valor final pode ser mais alto, já que um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou para despesas de R$ 21 milhões com o cartão da presidência somente nos dois primeiros anos de mandato de Bolsonaro.

De acordo com a mesma base de dados revelada, Lula gastou R$ 22 milhões – levando em conta  os valores da época, sem correção. Se o montante for atualizado com base no IPCA, índice que normalmente é utilizado para aferir as oscilações de bens de consumo, este montante somado ao fim de 2006 significariam R$ 55 milhões atualmente.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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