Tesouro RendA+: Confira tudo o que você precisa saber sobre o novo título do Tesouro Direto

Pontos-chave
  • Conheça o Tesouro RendA+
  • Investimento é voltado para quem quer garantir uma renda extra na aposentadoria

Nesta semana, o Tesouro Nacional lançou um novo título público com uma estrutura que permitirá que o investidor simplifique o planejamento de sua aposentadoria. Batizado de Tesouro RendA+, a opção pode ser vantajosa devido seu risco baixo e facilidade.

Conheça o Tesouro RendA+

A novidade é voltada principalmente para quem deseja ter uma renda extra como aposentadoria. Atualmente, o valor máximo que o INSS para a seus beneficiários é de R$7 mil.

Os interessados no Tesouro RendA+ poderão comprar o papel a partir do dia 30 de janeiro de 2023. Todos os investidores que desejarem podem investir no título e o pagamento pode ser feito até mesmo através do PIX.

O Tesouro RendA+ é um título do tipo NTN-B – ou Tesouro IPCA+, como é chamado no Tesouro Direto. Estes são papéis que asseguram ao investidor uma taxa de juros acrescida da variação da inflação, acompanhada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Os juros oferecidos nos papéis Tesouro IPCA+ já negociados na plataforma estão atualmente acima de 6% ao ano.

É possível planejar uma data para aposentadoria garantindo o recebimento de uma renda extra pelo período de 20 anos seguintes. Também é possível fazer um investimento para até 40 anos de acumulação, sempre seguidos por mais 20 anos de fluxo de renda mensal.

Como o valor recebido por 20 anos é corrigido pela inflação todos os meses, isto garante o poder de compra do investidor.

A novidade  prevê duas “etapas”: uma de acumulação e outra de recebimento de renda.

O valor investido sempre voltará para o investidor em 240 prestações mensais  que amortizam todo o fluxo investido ao longo da fase de acumulação.

Desta forma, caso, por exemplo, a data estipulada pelo investidor para sua aposentadoria for 2060, ele deve comprar títulos Tesouro RendA+ com esse prazo de vencimento.

Chegando o vencimento do título, o investidor começa a receber uma renda mensal até 2080.

Os investidores poderão optar por oito prazos de vencimento diferentes , com intervalos de cinco anos entre eles, de 2030 a 2065. O primeiro vencimento será em 15 de janeiro de 2030.

É possível sim. Mas isso acaba não fazendo sentido, a não ser que o investidor tenha uma emergência.

A novidade possui taxa de custódia, mas de forma diferente, No Tesouro Renda+, a taxa de custódia fica zerada para os investidores que receberem o equivalente a até 6 salários mínimos no fluxo de pagamentos mensais futuros. Aqueles que recebem mãos que isso, receberá a cobrança de uma taxa de 0,10% ao ano sobre o excedente.

A tributação deste ativo obedecerá as regras da tabela regressiva do Imposto de Renda. Caso o montante for resgatado em até 180 dias, a alíquota de imposto sobre os rendimentos é de 22,5%; entre 181 até 360 dias (20%); entre 361 até 720 dias (17,5%); após 720 dias (15%).

Mesmo que não exista uma ligação formal entre as coisas, este título é interessante especialmente para quem já contribui com o INSS e que desejam aumentar o valor dos seus benefícios futuros, como é o caso, por exemplo, dos MEIs (Microempreendedores Individuais) ou até mesmo para trabalhadores registrados que não contam com plano de previdência.

Em casos como este, a previdência complementar pode ser planejada através  de investimentos sistemáticos no Tesouro Renda+.

Este título também é uma boa para o investidor de alta renda que deseja assegurar um rendimento mínimo futuramente, corrigido pela inflação e com garantia do Tesouro Nacional. O limite de compra é de R$ 1 milhão ao mês, mesmo limite dos atuais títulos do Tesouro Direto.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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