Depois do reajuste médio da tarifa de energia elétrica para os consumidores residenciais chegar a 11,35% em 2022, as expectativas sobre a conta de luz do próximo ano são mais otimistas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a cobrança de energia elétrica deve ter um aumento médio de 5,6% para todo o ano de 2023.
A conta de luz é um dos itens básicos dentro do orçamento familiar ou empresarial. Seu pagamento é imprescindível para manter o fornecimento de energia elétrica, por isso, qualquer alteração nessa cobrança interfere nas contas do brasileiro. Mas, para 2023 as expectativas de que o valor a ser cobrado vai ceder, ou pelo menos ficar instável, foram confirmadas pela Aneel.
O diretor-geral da empresa, Sandoval Feitosa, espera encontrar no ano que vem um momento oportuno para implementação de “redução estrutural” de tarifa. Principalmente depois da alta no custo de energia elétrica e dos combustíveis, terem sido um dos principais vilões no aumento da inflação brasileira.
Agora, as expectativas são de que a conta de luz do próximo ano cresça de maneira controlada, sem extrapolar os custos para os consumidores. “A alta de 5,6% da tarifa em 2023 está ligeiramente acima do índice de inflação projetado para o período. Isso é muito positivo para a economia do país”, disse Feitosa, ao tomar como referência a inflação prevista para 2023, segundo o Banco Central.
Como a conta de luz deve diminuir?
Existem alguns fatores muito importantes que deverão ser considerados para conseguir reduzir o valor da conta de luz em 2023. Por exemplo, o fato de que serão abatidos US$ 227,3 milhões da dívida referente a construção da usina de Itaipu. Com isso, acredita-se na redução de 34,5% no custo da energia produzida pela usina e entregue às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
O impacto final será de -3% nas contas de luz dos consumidores das três regiões que foram citadas. Para as regiões Norte e Nordeste a queda deve ser de -2,4% e -0,8%, respectivamente, dessa vez devido ao uso do sistema de transmissão (a Tust) em 2023. Esse método beneficia aqueles que usam menos da rede de alta tensão.