Bolsa de Valores: Ações da Oi (OIBR3) voltam a disparar. O que esperar?

O fim da recuperação judicial da Oi (OIBR3 e OIBR4) agitou o mercado financeiro brasileiro, em especial, os acionistas da empresa. As ações da empresa vão poder ser acessadas por fundos de investimentos, o que tende a diminuir a volatilidade no valor dos papéis.

Bolsa de Valores: Ações da Oi (OIBR3) voltam a disparar. O que esperar? (Imagem: Reprodução/Pixabay)

Assim, hoje, a maioria dessas ações da Oi, que estão negociadas na casa dos centavos, está em poder dos investidores pessoas físicas e não de fundos de investimentos..

Outra vantagem é que agora as ações voltam a ter chances de fazer parte de índices, sendo elegíveis até mesmo a integrar o Ibovespa. Portanto, na sessão após a decisão judicial na última quinta-feira, o preço das ações disparou de preço, se mantendo assim ao longo de todo o dia.

A ação OIBR3, que possui maior liquidez, chegou a subir até os R$ 0,27 no dia, ou avanço de 59%, mas reduziu ganhos, fechando em alta de 29,41% (a R$ 0,22). Já os ativos da OIBR4, chegaram até R$ 0,87, registrando um salto de 98%. Entretanto, no fim do pregão, a subida consolidada ficou no índice de 52,27%, valendo R$ 0,67.

Especialistas valorizaram o feito da Oi ao conseguir aumentar tão rapidamente o valor de suas ações logo depois do fim da recuperação judicial. Eles apontam que este é um feito bastante difícil de se obter, especialmente em um mercado como o Brasil.

Entretanto, vale destacar que a situação financeira da companhia segue bastante complicada, uma vez que a empresa segue com dívidas de aproximadamente R$ 22 bilhões e aposta em um mercado de ampla concorrência como os serviços de banda larga e fibra óptica.

A Oi pode sofrer com cenário econômico atual

O cenário macroeconômico também joga contra a Oi. Os juros elevados e o alto endividamento podem fazer com que a recuperação da empresa demore ou até mesmo não se mostre viável.

“A saída da recuperação judicial permite que a companhia faça dívidas com custo mais baixo, o que não significa que ela vá conseguir. Além do alto endividamento, há um cenário de juros elevados”, observou o especialista no mercado financeiro, Fabiano Vaz.

Outro ponto que pode dificultar a retomada da Oi é o atual índice da taxa Selic. Avaliada em 13,75%, valor que se manterá em 2023, ela dificulta a tomada de novos empréstimos, uma vez que os torna mais caros, além de tornar os passivos atuais ainda mais pesados para as finanças da empresa.

Dessa forma, em um mercado competitivo como o da expansão da fibra óptica, a Oi precisará conciliar o pagamento dos seus passivos aos credores com a busca do crescimento no mercado que está sendo explorado.

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