Os investimentos em renda fixa devem brilhar em 2023. Desde março de 2021, quando saiu de uma taxa básica de 2% para uma taxa Selic de 13,75%, que foi mantida pelo governo de transição para o ano que vem, a perspectiva é que as taxas de juros não caiam tão rápido devido ao cenário de incertezas políticas e financeiras, os especialistas apontam que será o ano da renda fixa.
Se por um lado esse movimento nas taxas faz com que os empréstimos fiquem cada vez mais caros, por outro, os investimentos de renda fixa tornam-se mais atrativos, pois muitos deles têm seus rendimentos atrelados à Selic. Dessa forma, quanto mais alta ela fica, mais eles renderão.
Segundo analistas, as perspectivas para a Selic são de que ela não seja reduzida tão cedo. Aliás, muito pelo contrário. Há quem acredite, inclusive, que ela possa subir no começo do ano que vem.
Parte dessa percepção vem das incertezas a respeito do próximo governo e de sua condução da política fiscal. Mesmo com o presidente eleito, Luz Inácio Lula da Silva (PT), anunciando, na última sexta-feira, os nomes para pastas-chave, ainda há muita coisa para se definir.
Além disso, ainda falta passar na Câmara a PEC da Transição, que permite gastos na casa dos R$ 145 bilhões além do teto de gastos.
“Não dá para cravar o que vai acontecer com a Selic porque ainda não sabemos o caminho que 2023 vai seguir, especialmente diante de novo governo. Mas a perspectiva que temos é que um corte de juros deve vir só a partir do segundo semestre de 2023, mas ainda fechamos o ano com a Selic em dois dígitos”, afirma Rodrigo Caetano, analista da Toro Investimentos.
Quais os melhores investimentos para 2023?
Embora indiquem cenários de incerteza para o início do ano, os analistas do mercado financeiro concordam que, ao menos no primeiro semestre de 2023, os juros devem continuar bem altos. Com isso, 2023 segue o caminho de 2022, que já havia sido apelidado de “ano da renda fixa”.
Assim, um fator importante para o investidores é estar atento na hora de dividir os ativos, especialmente entre os prefixados, pós-fixados e os atrelados à inflação antes de escolher um.
Além disso, outra boa fonte para investir são os títulos públicos, onde há outras oportunidades na renda fixa que merecem atenção. Entre eles, os ativos de crédito privado são uma delas. Neles, o investidor irá emprestar o seu dinheiro a empresas e instituições financeiras, que devolvem ao final do prazo de vencimento, com os devidos juros.
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