Bolsa Família 2023: Saiba quais regras devem ser exigidas para ter acesso ao pagamento

Pontos-chave
  • Bolsa Família deve iniciar pagamentos em janeiro de 2023;
  • PEC de transição precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados para garantir Bolsa Família;
  • Transferência de renda pode chegar a R$ 750 no ano que vem.

O Bolsa Família 2023 está a poucos passos de se tornar uma realidade. Na última semana, o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição. O texto prevê a liberação do montante aproximado de R$ 169 bilhões fora do teto de gastos do Orçamento de 2023.

Bolsa Família 2023: Saiba quais regras devem ser exigidas para ter acesso ao pagamento
Bolsa Família 2023: Saiba quais regras devem ser exigidas para ter acesso ao pagamento. (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

Agora, o texto precisa ser aprovado ainda nesta semana pela Câmara dos Deputados para ter validade legal. Desta forma, o futuro governo Lula terá meios para custear o benefício fixo de R$ 600 pelo Bolsa Família 2023, além de um bônus de R$ 150 para cada filho de até seis anos de idade que faça parte de famílias beneficiárias do programa. 

As mudanças propostas pela chegada do Bolsa Família 2023 vão além da denominação e valores. A futura transferência de renda também irá alterar as regras a serem cumpridas por aqueles que querem ter acesso aos valores. Destacando que a mensalidade pode chegar a R$ 750 para alguns grupos.

Quais regras serão exigidas para entrada no Bolsa Família 2023?

A PEC de transição regulamenta os poucos detalhes já divulgados sobre o futuro do Bolsa Família 2023, em especial, o orçamento. Em contrapartida, Lula pretende cumprir a promessa de pagar um benefício fixo no valor de R$ 600, além de um bônus de R$ 150 para crianças de até seis anos de idade

Apesar das constantes discussões sobre a volta do Bolsa Família 2023, nenhuma informação oficial foi compartilhada sobre as regras do programa. Acredita-se que o detalhamento seja feito apenas se o projeto que regulamenta a transferência de renda for aprovado.

Claramente, o Bolsa Família 2023 será direcionado à população brasileira em situação de vulnerabilidade social. Diferentemente do Auxílio Brasil, o futuro programa social pretende reviver algumas condicionalidades, como a manutenção de uma boa frequência escolar e o cartão de vacinação atualizado

Após observar o interesse do governo Lula em reviver várias das antigas características do antigo programa, acredita-se que a tendência permaneça no que diz respeito às regras para a concessão do benefício. 

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Principais mudanças do Bolsa Família 2023

Veja as principais mudanças referentes Bolsa Família em relação ao Auxílio Brasil no ano que vem, que devem ser instauradas já no primeiro semestre do Governo Lula:

  1. Mudar o nome do programa de “Auxílio Brasil” para “Bolsa Família”, título utilizado pelo Governo Lula na criação do benefício;
  2. Tornar permanente o pagamento da parcela de R$ 600 a partir de janeiro de 2023;
  3. Instaurar à parcela fixa de R$ 600 o adicional de R$ 150 para cada família com criança de até 6 anos de idade. Famílias com até duas crianças nesse requisito receberão R$ 150 para cada criança;
  4. Exigir, como critério para recebimento do benefício, a atualização da carteira de vacinação;
  5. Exigir, como critério para recebimento do benefício, o comprovante de matrícula escolar (no caso de famílias com crianças).

Além disso:

Como se inscrever no Bolsa Família 2023?

O futuro governo Lula ainda não divulgou detalhes de como acontecerá a inclusão no Bolsa Família 2023. Entretanto, acredita-se na manutenção do Cadastro Único (CadÚnico) como porta de entrada para o programa social.

O CadÚnico é um banco de dados que reúne informações da população de baixa renda do Brasil e já está disponível em formato digital através de site ou aplicativo. Para ser incluído no Bolsa Família em 2023 é essencial estar registrado no sistema com os dados atualizados e ativos. 

A família que deseja se inscrever no CadÚnico deve apresentar uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou seja, R$ 606,00 ou três salários mínimos como renda familiar, R$ 3.636,00

Se o grupo familiar se enquadrar nas condições solicitadas, basta procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo, situado no município em que reside. Vale ressaltar que é bastante comum ter mais de uma unidade espalhada pela cidade, com o objetivo de atender melhor cada região. 

Para se inscrever no CadÚnico é preciso:

Além do mais, é essencial apresentar pelo menos um dos documentos a seguir de todos os membros da família: 

  1. Certidão de Nascimento;
  2. Certidão de Casamento;
  3. CPF;
  4. Carteira de Identidade (RG);
  5. Certidão Administrativa de Nascimento do Indígena (RANI);
  6. Carteira de Trabalho;
  7. Título de Eleitor;
  8. Comprovante de residência atual.
Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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