Entre os estados com a maior base de apoio aos manifestantes golpistas no Brasil desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições majoritárias, o Mato Grosso poderá passar por novos transtornos a partir desta sexta-feira. Isso porque caminhoneiros se articulam para deflagrar uma greve geral no estado nos próximos dias.
A informação da possibilidade de uma greve geral foi veiculada em primeira mão pelo portal Gazeta Digital, que cita entre as motivações para a movimentação dos caminhoneiros está repudiar a determinação do STF de bloquear contas de 43 empresas e empresários mato-grossenses, que são suspeitos de financiar manifestações antidemocráticas contra resultado das urnas nas eleições de outubro.
Ainda segundo o relatado na reportagem, alas mais radicais do movimento não descartam confrontos com as forças de segurança e pregam a necessidade de resistir mesmo que sofram com o uso de balas de borracha e bombas de efeito moral.
“Nós vamos pra rua. Se precisar levar borrachada no lombo, nós vamos levar. A borrachada vai doer menos do que a gente ver nossos filhos passar (sic) fome. Aqueles fazendeiros que têm propriedade na beira da rodovia, coloca uma plantadeira ou um subsolador, vamos pegar e bloquear tudo”, iniciou um dos manifestantes.
“Tem que ser em vários pontos pra parar mesmo. Vamos apanhar do exército, da marinha, do que for, que venha tudo. Vamos guerrear com as Forças Armadas”, complementou.
Caminhoneiros pretendem bloquear estradas
Outra estratégia que pode ser utilizada pelo caminhoneiros após a deflagração da greve geral no Mato Grosso é a vandalização das estradas. Assim, parte dos manifestantes defende abrir buracos nas rodovias evitando que carros possam transitar durante o ato.
Além disso, representantes do movimento cogitam a possibilidade de represálias a caminhoneiros que não quiserem cruzar os braços para seguir trabalhando. Existem ameaças de danos a propriedade de quem não parar nos bloqueios.
“Quem tiver mais acesso às redes sociais de transportadora, avisa aí para os caras. Hoje é dia 17, amanhã a partir do dia 18, meio dia, ninguém roda mais. Quem não quiser ter prejuízo financeiro, manda os motoristas encostarem em pátio de posto, garagem, qualquer lugar. Não vai rodar mais. Duas, 3 carga de terra em cima da ponte resolve todo o problema”, defendeu um dos caminhoneiros.