Apenas três estados ainda registram bloqueios em vias estaduais devido aos movimentos golpistas que vem acontecendo desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições, no último dia 30.
De acordo com boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas Rondônia, Pará e Mato Grosso seguem com pontos de interdição em suas vias estaduais, o que sinaliza que o fim dos atos antidemocráticos está próximo.
Contudo, nos últimos dias, os bolsonaristas envolvidos nas manifestações após a eleição vêm se articulando para a convocação de uma greve geral que, inicialmente, seria deflagrada nesta segunda-feira (7), caso tivesse a adesão de grandes empresários nacionais.
Entretanto, o locaute (greve de empresas, que é considerada ilegal na atual legislação), porém, de acordo com informações divulgadas pela Folha de São Paulo, as lideranças dos caminhoneiros sinalizaram não ter a intenção de integrar o movimento.
Atualmente, as manifestações ainda se mantêm em Vilhena (RO) e Altamira (PA). Nos dois casos, há apenas a interdição de parte das rodovias. O único bloqueio total ainda registrado acontece em Pontes e Lacerda (MT).
Na última semana, a PRF esteve atuando nas estradas para desmobilizar as manifestações golpistas nas rodovias e garantir o direito de ir e vir da população. Ao todo, foram removidos ao menos mil bloqueios pela autoridade rodoviária.
Comerciantes driblaram bloqueios nas vias estaduais
Com o receio de ocorrer o desabastecimento de suprimentos básicos, como alimentos e medicamentos, comerciantes atacadistas e do varejo se movimentaram para driblar os bloqueios e manter seus estoques em alta.
Assim, comerciantes do setor de medicamentos têm realizado um monitoramento constante dos movimentos nas rodovias, visando não permitir que hospitais e farmácias fiquem desabastecidos.
Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a região Sul foi a mais afetada pelos bloqueios. O órgão aponta que no Paraná e em Santa Catarina houve desabastecimento de carnes e pescados.
Entretanto, o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Sormucci, aponta que a situação só não ficou pior devido ao fortalecimento dos estoques de bares, restaurantes e hotéis já projetando o feriado do último dia 2.
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