Em outubro, o mercado dedicou uma atenção maior ao período eleitoral. Em meio a este cenário, o Ifix, índice dos fundos imobiliários mais negociados na bolsa de valores brasileira, encerrou em leve aumento de 0,02%. Este foi o quarto mês seguido de elevações.
No mês de outubro, os fundos imobiliários de papel foram vistos como oportunidade pelos investidores. Esse tipo de FIIs registrou aumento médio de 0,41% no período.
Esses fundos imobiliários possuem foco em títulos de renda fixa ligados a índices de inflação ou taxa do CDI. Diante disso, esses investimentos foram afetados negativamente pela deflação observada no último trimestre. Devido à queda dos preços, houve redução nos dividendos pagos pelas carteiras.
Em meio a essa possibilidade de queda nos rendimentos desses tipos de fundos imobiliários, foi observada a venda dos ativos — o que resultou na desvalorização das cotas na bolsa de valores.
Contudo, os investidores tiveram uma visão mais positiva recentemente. Isso aconteceu de modo mais intenso após a divulgação da prévia da inflação de outubro, que registrou alta de 0,16%.
Na outra ponta, os fundos imobiliários de tijolo — que aplicam diretamente em imóveis — passaram por um cenário de correção. Isso ocorreu após um grande aumento visto desde o mês de julho.
Segundo dados da plataforma de informações financeiras Economatica, divulgados pelo InfoMoney, de todos os 108 fundos imobiliários que integram o Ifix, 53 finalizaram outubro em alta.
Fundos imobiliários com maiores altas de outubro
- Átrio Reit Recebíveis (ARRI11): 6,09% (segmento de Papel)
- Kinea Índices de Preços (KNIP11): 4,67% (segmento de Papel)
- Habitat II (HABT11): 4,30% (segmento de Papel)
- Santanter Renda (SARE11): 4,24% (segmento Híbrido)
- Kinea Secutiries (KNSC11): 4,17% (segmento de Papel)
O fundo Átrio Reit Recebíveis, que teve o maior aumento de outubro, aplica em ativos de crédito do segmento imobiliário. O destaque mensal aconteceu em meio aos dividendos oferecidos — que ficaram acima do distribuído por outros fundos imobiliários.
Fundos imobiliários com maiores baixas de outubro
- XP Properties (XPPR11): -8,77% (segmento de Lajes)
- Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11): -7,79% (segmento Outros/Hospitais)
- Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11): –5,01% (segmento Outros/Cemitérios)
- Kinea Secutiries (RBRP11): –4,76% (segmento Híbrido)
- Valora Preços (RCRB11): –4,27% (segmento de Lajes)
O XP Properties, que finalizou outubro em baixa, teve a segunda queda consecutiva. Em setembro, a redução tinha sido de 7,81%. Por duas vezes neste ano, o fundo imobiliário diminuiu seus rendimentos.
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